Pneu suplente, de emergência ou kit de reparação?

Com o intuito de diminuir o peso e reduzir umas centésimas nos consumos, as marcas têm vindo a substituir, progressivamente, o tradicional pneu suplente por opções mais leves. O pneu suplente passou a ser uma opção.

"Se acha que se sente mais seguro com um pneu de normais dimensões na sua bagageira, mesmo que não o utilize durante anos, então já sabe que terá de contar com menos espaço na mala para arrumações, além de ter mais uns "quilitos" a bordo. Se acredita que hoje em dia já não se fura como antigamente, porque a qualidade dos pneus é muito superior, ou porque, felizmente, as estradas já se encontram mais civilizadas, com pisos a condizer com o século XXI, então poderá reduzir peso e aumentar espaço optando por um pneu de socorro de finas dimensões, daqueles que só podem circular a velocidades reduzidas e durante pouco tempo. Por outro lado, se acha que passam anos e anos em que não tem furos, e que até lhe dá jeito ter mais espaço para bagagem, com aqueles compartimentos mais ou menos secretos que servem para transportar os mais diversos objectos, então acredite no kit de reparação.

Só para ter a certeza que chega a um ponto de socorro para lhe repararem o furo, caso seja possível, ou então para chamar a assistência em viagem. E como a teoria das probabilidades ainda pesa bastante nas suas decisões, então provavelmente valerá a pena achar mesmo que não vai furar, ganhando com isso alguns euros, espaço e menos peso, soltando ao mesmo tempo pensamentos negativos de ter uma trabalheira e uma canseira para mudar um pneu ... É que nos dias de hoje, já não se usa!

Atentos a todos estes pormenores, os construtores de automóveis estão cada vez mais a fornecer veículos sem pneu suplente, e até mesmo sem pneu de socorro. A utilização dos kits de emergência é uma opção que ganha cada vez mais adeptos, tanto ao nível dos fabricantes como dos clientes.
Por isso, larga percentagem dos carros novos já não trazem contrapeso de grandes dimensões, a não ser, claro está, que o cliente exija ter mais uma-jante com pneumático acoplado. E já que falámos em preços, saiba que um automóvel que conte com o quinto pneu custa em média mais €200, para além de perder algumas centenas de litros de capacidade na bagageira.
Pesando bem todos estes considerandos, há que fazer contas à vida, ou muito simplesmente ao pneu. Segundo dados de alguns fabricantes, a esmagadora maioria dos clientes já nem se lembra do que é um furo, e apenas cerca de 15% ainda exige ter um pneu de reserva no "porta bagagens - não vá o diabo tecê-las".
Como mudar um pneu não faz parte dos exercícios agendados por um "personal trainer", e por outro lado também é necessário dar trabalho aos serviços de assistência em viagem, então o que está mesmo na moda é optar por um kit de reparação de furos.

Em relação aos carros de pequenas dimensões (citadinos), é natural que a maior parte das marcas opte pela utilização de um kit de reparação, para ganhar espaço nas respectivas bagageiras, já por si bastante pequenas, para além de ganharem uns quilos a menos, o que em carros pouco potentes dá sempre jeito.
Todos os Smart, por exemplo, são fornecidos com kit de reparação.
Na Volkswagen existem diversas opções consoante o modelo. A Sharan não possui qualquer tipo de pneu suplente, nem sequer tem kit de reparação, utilizando apenas um jogo de pneus anti-furo, que permitem rolar durante alguns quilómetros.
O Passat e o Polo são portadores de pneus normais, enquanto o pequeno VW Up utiliza de origem kit de reparação, podendo no entanto o cliente optar por um pneu suplente.
No Audi A1, o pneu suplente está disponível como acessório com um custo de €316. Desde o início deste ano, apenas dois clientes optaram por pneu sobressalente, das cerca de seiscentas unidades vendidas.
No caso do Audi A4, que também é proposto de série com kit de reparação de pneus com compressor, existe a opção de um pneu suplente de dimensão reduzida, com um custo de €110.
Na Citroen, apenas o novo DS5 conta exclusivamente com kit de reparação. Entre os novos Honda Civic, cerca de 76% das unidades vendidas contam com kit de reparação e apenas 14% opta por pneu de emergência, com um custo adicional de €200. Na Classe C da Mercedes-Benz a esmagadora maioria opta por pneu de emergência (Minispare).
Como se pode verificar, existem inúmeras opções em relação à forma de como fazer frente a uma adversidade que é sem dúvida um arreliante furo, embora, hoje em dia, seja cada vez menos provável que tenha de interromper a sua viagem por um motivo desses."

fonte: acp, julho 2012

2 comentários:

Anónimo

"É que nos dias de hoje, já não se usa!"...exacto...por isso é que estou preso em casa 2 dias devido à porcaria de um furo...
É a porcaria de sociedade consumista que temos que têm medo de partir uma unha para trocar um pneu ou levantar um dedo para fazer o que quer que seja e preferem gastar 300€ ou mais para chamar reboques, e pagar oficinas para...trocar um pneu, e sei lá que mais do que gastar mais 100€ (se calhar nem isso...não sei onde foram buscar os 200€) quando compram o carro...
E depois ainda há estes artigos muitissimo inteligentes a dizer que "já não se usa"...
Era obrigar as marcas a porem o dinheiro onde têm a boca...se "já não se usa", assumam o risco e paguem estas situações quando acontecem..."visto que já não acontecem", o risco não deve ser grande!!

Anónimo

Em cerca de dois meses tive duas situações com pneus danificados em que a utilização do kit anti-furos não servia para nada.
Se não tivesse roda suplente de emergência tinha ficado algumas horas à espera de reboque, dado que circulava em estradas secundárias no interior do país.
Por isso, carro que não possibilite sequer a instalação de uma roda suplente, é carro que não compro.

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