Honda Civic IX 1.6 i-DTEC Sport (2013)



A nona geração do Honda Civic tem agora um bloco a diesel 1.6L mais à medida do mercado português que promete fazer subir as vendas da marca nipónica no nosso território. A construção do novo Civic está a ser feita no Reino Unido.

Este bloco já foi analisado neste blog. É mais leve, feito em alumínio, e tem níveis de fricção comparáveis aos blocos a gasolina o que reduz os ruídos característicos dos motores a diesel. É um bloco silencioso e uma nova lufada de ar fresco nas motorizações diesel. O consumo é económico e, ao contrário de outras marcas, o valor anunciado não engana.

Também a insonorizaçao a bordo está muito melhor. Os materiais escolhidos e a construção ajudam a eliminar os ruídos parasitas. Também para isso existe um sistema denominado Sistema Activo de Cancelamento de Ruído que é accionado sempre que o motor está a funcionar. Ao contrário de outros tempos quando o Civic apresentava motores rotativos e audíveis como o V-TEC e que fizeram bastante furor entre o público mais jovem, agora o i-DTEC de última geração é o oposto. Mais discreto e silencioso.



Um ponto a favor. Outro ponto positivo é o consumo. Os 120cv foram bem escalonados na caixa de 6 velocidades manual de forma a garantir um consumo baixo. A função Econ ajuda a atingir esse objectivo optimizando a poupança. O valor anunciado pela marca é de 3,7L/100km e não anda muito longe dos 3,9L/100km que se regista num modo de condução misto e com ar condicionado ligado (!). É bastante vulgar os valores anunciados pelas marcas divergirem muito da realidade em uma ou duas unidades. Neste caso trata-se de décimas. Um feito que poderá aproximar-se à medida que o motor vá ganhando kilometragem e elastecidade.

Não é um carro de corridas mas é enérgico o suficiente para alcançar os 100km/h em 10,5 segundos. A potência está disponível logo às 2000 rpm. O sistema de start-stop é automático e eficaz. A caixa de 6 mudanças é mais leve e fácil de usar. O painel de bordo avisa qual a melhor mudança a engrenar de modo a economizar o consumo. Em termos estéticos o design do Civic continua futurista de faróis afiados, mas agora oferece menor resistência ao ar. Atrás as ópticas foram revistas constituindo, agora, um elemento contínuo horizontal. O spoiler traseiro está mais aerodinâmico ajudando a optimizar os consumos.



A suspensão está melhor oferecendo maior conforto a bordo. Outro ponto a favor. O interior é que não é muito consensual mas está mais simplificado em relação à 8ª geração, principalmente o tabelier. De salientar que se o painel de bordo apresentar uma cor verde é sinal de que a condução está a ser feita de modo económico. Se esta passar para o azul claro é sinal que passou para uma condução mais agressiva. E, ainda, se o azul ficar mais escuro é sinal de um consumo mais elevado.

Fruto do design exterior atrás com um vidro dividido em dois, quem acaba por se ressentir é mesmo a visibilidade traseira. Por isso em manobras de marcha atrás o melhor é recorrer aos sensores de estacionamento.

Mecânica
Motor: Diesel, dianteiro, 4 cilindros em linha, 1597cc, 16 válvulas
Tracção: dianteira
Alimentação: injecção directa por rampa comum com turbo de geometria variável e intercooler
Potência: 120cv às 4000 rpm
Binário: 300 Nm às 2000 rpm
Caixa: manual 6 velocidades

Dimensões
Comprimento: 4300 mm
Largura: 1770 mm
Altura: 1470 mm
Peso: 1310 kg
Mala: 477 L
Depósito: 50 L
Pneus: 225/45 R17

Prestações
Velocidade máxima: 207 km/h
Aceleração 0-100 km/h: 10,5 s

Consumos
Combinado: 3,7 L/100km
Emissões CO2: 94 g/km

Preço
a partir de 25.100€

Prós e contras
+ consumo, conforto, praticabilidade, prestações, insonorização
- tabelier pouco consensual, visibilidade atrás em marcha atrás

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