Nissan IDx Freeflow concept recria Datsun 510 (2014)



A Nissan mostrou um concept car, de estilo retro, denominado IDx Freeflow no salão de Detroit. A primeira coisa que vem à memória, depois de se ver este modelo, é nem mais nem menos que o Datsun 510 produzido nos anos 70. A Datsun foi extinta e posteriormente deu lugar à marca Nissan. De facto este concept car é bastante inspirado no antigo modelo. Desde a frente com dupla óptica de cada lado, passando pelo perfil de coupé, inda à traseira com luzes horizontais.

Os espelhos retrovisores também foram colocados à frente distanciados do pára-brisas tal como o modelo original embora não se perspective que sejam aplicados no modelo de produção. O IDx Freeflow de cariz revivalista pretende voltar a trazer um modelo coupé que fez muito sucesso mas agora adaptado aos tempos modernos com muita tecnologia e electrónica para satisfazer as exigências de conforto dos actuais clientes.

Comparativamente com o Datsun 510 o Nissan IDx Freeflow é mais baixo e mais largo conferindo-lhe um ar desportivo e agressivo. O tejadilho foi claramente separado dos pilares, em cor negra brilhante, para dar a sensação de flutuação. A frente com perfil em forma de nariz de tubarão mantém-se. A lateral está mais musculada com uma linha de cintura e um rasgo no painel junto à roda da frente, também inspirado no desenho da guelra de um tubarão. Em suma as linhas básicas estão lá com rectas e arestas vivas tal como no 510 mas agora ligeiramente mais arredondado. O pára-choques frontal em plástico negro sob a grelha acaba por ser um elemento menos consensual. Também a ideia do capôt, porta-bagagem e tejadilho num tom mais claro da restante carroçaria não parece que vá ter grande aceitação dos clientes. Mas os concepts cars servem para isso mesmo: testar a opinião do público. Já a traseira, por sua vez, está muito bem conseguida sendo um grande elogio ao design clássico minimalista, sem grandes formalismos no desenho das ópticas. Uma tira horizontal é o suficiente.



Design "back to basics"

O interior segue o exterior, ou seja, é bastante minimalista e simples com poucos botões seguindo o princípio de que "less is more". A eliminação do ruído visual foi bem conseguida, algo raro de se ver nos carros de hoje. A preocupação foi tanta que os designers da Nissan decidiram não incorporar botões no volante, fazendo um regresso ao básico. O único senão no interior são as bocas dos ventiladores junto à porta que podem ser pouco ergonómicas e ocasionar algumas joalhadas inconvenientes. O uso de três tons em negro, creme e pele revela-se equilibrado e relaxante, com alguns retoques em cromado acetinado a dar alguma refinação. Um ponto importante é que não se vê muitas linhas de costura no interior o que é bom revelando uma grande preocupação pela qualidade de montagem.




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