
A terceira geração do Mini Cooper S já chegou ao nosso mercado. Está mais elegante, potente e moderna, e a essência do seus espírito permaneça intacta. O design renovou sem revolucionar, mas o estilo de condução foi melhorada. Este é um carro não racional. Ou seja quem gosta de baixo consumo (apesar de este Mini ter reduzido o valor), e de manutenção mais em conta então este não é o carro apropriado. Mas para quem gosta de emoções e adrenalina, o novo Cooper S é o carro ideal. O preço poderá ser o único senão. O novo Mini Cooper S dispõe de um bloco a gasolina com uma cilindrada de 2.0L auxiliado por dois turbos e uma potência de 192cv. A anterior geração tinha um bloco 1.6L mas de resposta mais lenta. Também há algumas modelos no mercado que oferecem potência extra em blocos de apenas 1.6L o que beneficia a carga fiscal mas, claro está, nenhum deles se aproxima do design icónico do Mini.
O Cooper S é um carro de pura adrenalina com resposta sempre pronta em qualquer momento. Gosta de ser espicaçado não se ressentindo nos arranques. No entanto é um carro feito para estradas imaculadas já que a sua suspensão continua dura, o que faz imaginar potenciais ruídos parasitas provenientes das esburacadas estradas portuguesas. Depois há que ter em conta que o Cooper S é um carro para duas pessoas. É um brinquedo? Talvez se tiver filhos mas se ainda não os tiver tem outras vantagens. O espaço atrás é mesmo para esquecer, sendo meramente decorativo. Aliás, apesar de estar mais alto, o desenho do novo Cooper S apresenta um espaço interior mais baixo. Beneficia a estética mas prejudica o seu interior.

Nas suas dimensões o novo Cooper S está maior e a capacidade da mala também cresceu mas continua fraca. Há que ter em conta que não serve para ir às compras do mês no supermercado. Se procura funcionalidade é melhor optar por outro veículo. O interior foi melhorado no que toca aos materiais e acabamentos. O tabelier tem plásticos negros de bom toque complementados por elementos a carbono xadrez brilhante. A consola central é minimalista, formada por um painel em formato circular de moldura cromada onde é possível controlar várias opções. À frente do manípulo da caixa de velocidades, que apresenta um design ergonómico, aparecem várias patilhas. Para accionar o motor é necessário accionar uma dessas patilhas, bem ao estilo retro dos carros antigos onde era obrigatório ligar várias manípulos de inox antes de se ligar o motor. Os bancos e o volante desportivos são cozidos com persponto vermelho.

Ao nível do design exterior destaque para a grelha frontal com uma boca de moldura cromada de dimensões mais avantajadas. A grelha inferior fornece mais ar para o motor. Permanece a tradicional entrada de ar rasgada no capôt. As ópticas têm uma orla oval em leds para iluminação diurna e dão-lhe um ar mais distinto do que a geração anterior. Tanto na frente como na lateral pouco há a acrescentar. O desenho das jantes mantém-se fiel ao original. Atrás os farolins têm dimensões maiores mantendo o mesmo formato, mas mais arredondados. O pára-choques traseiro dispõe de um apêndice inferior em forma de boca que alberga uma grelha negra sendo interrompido ao meio por uma dupla ponteira de escape cromada. Esta solução parece remeter mais para o tunning.

O Cooper S partilha dos mesmos defeitos dos BMW, grupo do qual faz parte. Ou seja, vem com uma série de opcionais que deveriam ser de série e acabam por inflaccionar (bastante) o preço final. Tendo em conta o tipo de carro e o nível de acabamentos o preço de arranque é, pois, ilusório. Quanto ao motor oferece as prestações de um carro vitaminado. Bom arranque, boas acelerações, boa estabilidade em curva e bons travões. A potência de 2.0L está logo disponível às 1250rpm, e muito se deve à contribuição dos dois turbos. Só resta saber como será a fiabilidade do seu funcionamento com o passar do tempo. A caixa é manual com seis velocidades e tem um escalonamento de relações curtas para oferecer mais emoção.

Tem três modos de condução que mais parecem servir para consciencializar o condutor. O modo económico (green) contribui para uma maior poupança (20%), o modo intermédio por defeito (mid) está entre a poupança e a adrenalina e depois o modo desportivo (sport) que afia as garras. Cada modo de condução altera a cor da consola central. No entanto quem compra este carro certamente não está interessado no modo green que pouco altera os consumos. A Mini anuncia 5,8L/100km o que é uma miragem já que o mais certo é adicionar duas (ou três!) unidades a esse valor numa condução normal citadina. A direcção é bastante precisa e o Mini Cooper S anda sempre colado ao asfalsto mesmo a altas velocidades, fruto de uma aerodinâmica mais apurada.

Mecânica
Motor: gasolina, dianteiro, 4 cilindros em linha, 1998 cc, 16 válvulasTracção: dianteira
Alimentação: injecção directa, com duplo turbo e intercooler
Potência: 192 cv às 4700-6000 rpm
Binário: 280 Nm às 1250 rpm
Caixa: Manual 6 velocidades
Dimensões
Comprimento: 3850 mmLargura: 1727 mm
Altura: 1299 mm
Peso: 1414 kg
Mala: 211 L
Depósito: 44 L
Prestações
Velocidade máxima: 235 km/hAceleração 0-100 km/h: 6,8 s
Consumos
Combinado: 5,8 L/100kmEmissões CO2: 136 g/km
Preço
a partir de 28.100€Prós e contras
+ performances, design, qualidade geral, espírito de condução desportiva
- espaço a bordo, opcionais, preço, suspensão, consumo








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