Ford Mustang, europa (2015)



A Ford vai lançar o Mustang no mercado europeu com um modelo distinto daquele que é vendido no mercado americano. Em Portugal estará disponível a partir dos 45.804 euros, um valor mais apelativo que define o objectivo claro da marca de fazer subir as suas vendas deste modelo. No entanto é mesmo um Mustang? A opção da Ford de colocar a frente deste Mustang com uma frente diferente é um bocado discutível. O estilo do Mustang é inconfundível e não faz sentido alterar a linguagem para um mercado fora dos EUA.

Talvez a ideia da Ford passe por comercializar na Europa um Mustang de "segunda linha" com um motor mais económico e uma cara mais discreta. É uma ideia infeliz já que a frente surge muito colada à imagem do novo Mondeo, prejudicando a identidade própria do Mustang. A estratégia comercial de criar uma imagem corporativa semelhante em todos os modelos de uma marca automóvel tem esta nuance de descaracterizar veículos que detêm uma personalidade mais vincada.

Numa altura em que comemora os 50 anos de existência convém recordar a história do Mustang. Nasceu depois de uma tentativa falhada da Ford em comprar a mítica marca Ferrari. Gorado o negócio a Ford decidiu lançar no mercado um modelo capaz de rivalizar com os modelos italianos e deu-lhe o nome de Mustang - designação de uma raça de cavalos. Coincidência ou não a rivalidade é evidente mesmo no logotipo. Se a Ferrari exibe no seu emblema um cavalo em pé apoiado nas duas patas traseiras, o Mustang mostra antes um cavalo a correr a toda a velocidade como que a querer simbolizar maior dinâmica face ao opositor.



Na parte estética do novo Mustang sobressai a frente com uma face diferente do habitual. Em vez da tradiconal boca que integrava grelha e farolins agora aparece com uma grelha divida em duas partes e as ópticas assumem mais destaque deixando de ser redondas passando a ser alongadas e afiadas de forma independente, um pouco à semelhança do novo Mondeo. A estética de faróis afiados foi iniciada pelos japoneses e adoptado pela primeira vez na Ford através do primeiro Focus, por isso isto é uma espécie de orientalização do Mustang. Na frente destaque ainda para o proeminente e comprido capôt que exibe dois vincos musculados. Desde a frente até à traseira existe uma protecção na base da carroçaria em plástico negro.

De perfil mantém-se o ADN com a mesma forma mergulhante atrás, mas mais escultórica e musculada, interrompida na traseira pela tradicional boca horizontal que alberga os grupos ópticos de design retro feito de clássicas três tiras verticais em cada lado. A traseira manteve-se assim fiel ao espírito da tradição Mustang e ainda bem já que o seu design é um dos mais bem conseguidos de sempre na história da indústria automóvel. Quanto ao interior reflecte o estilo e gosto europeu mas com um layout clássico. O painel de bordo exibe dois manómetros com letring em azul claro e ponteiros em vermelho. A consola central exibe um ecrã táctil de 8'' (de série) e por cima existem três bocas de ventilação em formato circular.



Este novo modelo desportivo estará disponível em duas motorizações a gasolina e dois tipos de carroçarias: coupé e cabriolet. Comparativamente com o propulsor 5L V8 de 418cv, o bloco 2.3L Ecoboost de 314cv é mais "económico" e acessível e certamente o preferido do mercado europeu. A diferença entre motores pode significar mais 10 mil euros de preço final. O novo Mustang vem com uma caixa manual de seis velocidades ou automática em opção. Quem optar pela versão descapotável terá de desembolçar 49.787 euros na versão Ecoboost e 91.838 euros na versão mais potente.

Como equipamento de série trás um sistema de travões de alta performance, jantes de liga leve de 19'', aileron traseiro, faróis frontais automáticos, luzes traseiras em leds, ar condicionado bizona e sistema de som com 9 colunas.

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