O Mazda 2 já vai na quarta geração e a nova versão já conta no currículum com um prémio de design na Alemanha. Agora conta com um modelo equipado com um económico bloco a diesel de 1.5L a debitar 105cv. É um utilitário em formato hatchback interessante do segmento B com baixos consumos e apropriado para quem faz muitos kilómetros. Só está disponível em Portugal a partir do nível de equipamento intermédio Evolve mas o preço fica abaixo dos 20 mil euros. O modelo de 1.5L a gasolina de 90cv é mais barato em 3 mil euros, por isso optar pelo bloco a diesel é uma opção racional para quem anda muitos km todos os anos e só pensa em trocar de viatura passados alguns anos. Já cumpre a nova norma Euro 6 e não necessita de catalisador.
Embora não seja um cavalo de corrida, a resposta do motor é rápida mesmo a baixas rotações e o consumo não anda longe do anunciado, se o pé direito não for pesado claro. O sistema de start-stop automático funciona na perfeição. Este propulsor vem acoplado a uma caixa manual de seis velocidades de fácil uso mas calibrada para baixar o consumo, ou seja são relações longas, pouco apropriadas para a cidade. De salientar que o ruído do bloco também impressiona já que emite poucas vibrações, beneficiando o conforto dos ocupantes. A suspensão também se revela eficaz ao absorver relativamente bem as imperfeições dos pisos mais agrestes.
Quanto à condução é confortável e o Mazda 2 dá confiança ao condutor já que é estável em recta e sem tendência para adornar em curva. No que diz respeito ao design a frente mostra um ar mais felino e agressivo que a anterior geração com faróis semi-cerrados de formato amendoado e uma proeminente grelha de moldura cromada 3D. Atrás o estilo também é bem conseguido e não é fácil encontrar citadinos que satisfaçam esteticamente tanto à frente como atrás. O interior é espaçoso, mais à frente do que atrás, e a visibilidade é boa. Os materiais são de bom tacto com design clássico ao gosto europeu como são os casos dos ventiladores circulares de moldura cromada. E não é demasiado sóbrio com a inclusão de alguns elementos em tons mais claros.
O equipamento de entrada é o Evolve, seguindo-se o topo Excellence. Não há, na versão 1.5L diesel, equipamente de base. Vem com um ecrã táctil infoteinment de 7'' que pode ser regulado através de um botão localizado na consola central junto ao manípulo das mudanças e volante multifunções. No capítulo da segurança há a destacar o aspecto negativo de só ter alcançado 4 estrelas nos testes de colisão da Euroncap. Não dispõe de sistema de mitigação de colisão automático, como já muitas marcas o fazem. Mas vem com auxílio ao arranque em subida, cruise control, sensores de pressão nos pneus e aviso de saída involuntária da faixa de rodagem.
Pena que algum equipamento como o sistema de navegação ou os sensores de estacionamento sejam um opcional, apenas na gama alta Excellence. Não trás pneu suplente, em vez disso um kit de reparação. Sempre é mais leve e ocupa menos espaço no compartimento da bagageira, mas é menos prático. É verdade que existem no mercado modelos mais baratos mas o preço de entrada abaixo dos 20 mil euros podem ser vistos como uma mais valia uma vez que o produto é de boa qualidade. Talvez a Mazda devesse baixar a cilindrada para beneficiar de uma menor carga fiscal. Trabalho a fazer pelos engenheiros japoneses.
Mecânica
Motor: diesel, dianteiro, 4 cilindros em linha, 1499 cc, 16 válvulasAlimentação: injecção directa por rampa comum com turbo
Potência: 105 cv às 4000 rpm
Binário: 220 Nm às 1400-3200 rpm
Tracção: dianteira
Caixa: manual 6 velocidades
Prestações
Velocidade máxima: 178 km/hAceleração 0-100 km/h: 10,1 s
Consumos
Combinado: 3,4 L/100kmEmissões CO2: 89 g/km
Preço
a partir de 19.697€Prós e contras
+ consumo, condução, design
- alguns opcionais só aparecem na gama mais alta, apenas 4 estrelas nos testes de colisão
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