BMW X1 xDrive25d Aut. (2012)

"Não é jipe nem carro, mas dá nas vistas e chega agora com um motor diesel de 218cv. Se há sentimento que um X1 desperta é de uma certa inveja ... feminina. Já os olhares masculinos andam mais perto da troça. E se a conversa se proporcionar não tarda estarão a suspirar "se ainda fosse um X3 ...". É verdade: o tamanho nestas coisas conta. E o X1 que, à passagem, deixa condutores no feminino a gabarem-lhe as formas arredondadas ("compostinho", elogiam- no) e, claro, a sua capacidade de suscitar as invejas alheias - algo a que não será indiferente a paleta de cores disponível, a começar por um aguerrido laranja que conduzimos -, continua longe de satisfazer caprichos masculinos. Mesmo com uma remodelada frente que acentua a agressividade: tem novos pára-choques, grelha e ópticas.

Ou continuava longe. É que, se o tamanho conta, o desempenho também. E é por aqui que o novo xDrive25d, que se juntou a mais quatro versões diesel, todas equipadas com um bloco de 2.0, começa a somar qualidades que não desapontam vontades femininas, mas deitam por terra dúvidas masculinas: 218cv revelados às 4000 rotações e um torque de 450 Nm. E nem é preciso esforçá-lo muito para que a sua força se sinta: o binário está disponível logo às 1500rpm (e até às 2500rpm), o que permite uma condução intuitiva, tanto se se optar por uma toada serena ou mais agressiva.
Claro que potência paga-se - e o X1 xDrive25d faz-se pagar, ainda mais dispondo de tracção integral. Sem extras de qualquer espécie, a versão equipada com caixa automática (uma eficiente Steptronic de oito velocidades, mas também existe com caixa manual de seis) comercializa-se desde 51.358€, o que parece deitar por terra as intenções de democratizar o modelo (talvez o sDrive16d de 116cv, a partir de 37.500€, esteja mais apto a concretizar o objectivo). Ainda assim, por toda a gama X1 houve uma descida de preço proporcionada pela redução de consumos e emissões (145 g/km, neste caso), o que permitiu à marca reduzir o valor de imposto.

Pode-se dizer, assim, que os consumos avançados andam longe daquilo que se poderia esperar para a potência apresentada. A BMW aponta para uma média de 5,5 litros (5,9 com caixa manual) aos cem em circuito misto e, embora o carro peça que Ihe cedamos mais alimento para mostrar do que é capaz, se nos contivermos no acelerador e mantivermos a carga leve consegue-se andar numa fasquia próxima dos valores apresentados.
Nesta remodelação do X1 também os interiores não foram descurados: no caso, o habitáculo mostra-se tão confortável quanto se poderia esperar de um BMW e uma viagem, mesmo a cinco, acaba sem corpos moídos nem azedumes. Depois, destaque para os detalhes, a começar pelo toque dos materiais, sentido logo no volante em pele (incluido no pacote xLine que acresce 1387€ e que inclui jantes em liga leve de 18 polegadas e frisos em madeira que rematam com distinção o habitáculo), e terminando na cereja: um tecto panorâmico (1134€) que agrada particularmente aos passageiros do banco de trás.

Já a nivel funcional poderá ser mais difícil compreender este X1 que de todo-o-terreno parece estar mais preparado para subir um passeio ou outro do que para se fazer aos trilhos. Mas neste ponto as aparências iludem: porque, se é verdade que nos parece quase criminoso submeter um carro destes a terrenos abruptos, confirma-se que ele se comporta como gente grande nas incursões off-road.



Mecânica
Motor: Diesel, dianteiro, 4 cilindros em linha, 1995cc
Tracção: traseira
Alimentação: injecção directa, conduta comum com turbodiesel
Potência: 218cv às 4000 rpm
Binário: 450 Nm entre as 1500 e 2500 rpm
Caixa: automática 8 velocidades

Prestações
Velocidade máxima: 228 km/h
Aceleração 0-100 km/h: 6,8 s

Consumos
Combinado: 5,5 L/100km
Emissões CO2: 145g/km

Preço
a partir de 51.358€"



fonte: público, desembro 2012

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