Uma passadeira de peões que irá ser colocada na cidade de Covilhã terá a particularidade de ser capaz de gerar energia eléctrica através da transformação da energia cinética produzida pelos peões e viaturas. Embora não sendo nova, a ideia é inovadora e foi idealizada e projectada por portugueses. No essencial o objectivo é transformar a energia cinética dos peões e automóveis em energia eléctrica capaz de alimentar semáforos ou paineis luminosos. Com esta tecnologia o município reduziria os custos em electricidade e garantia uma melhor sustentabilidade ambiental.
Este projecto piloto foi pensado por finalistas do curso de Engenharia Electromecânica da Universidade da Beira Interior. Filipe Casimiro e Francisco Duarte registaram a patente que faz a conversão da energia cinética em energia eléctrica e criaram uma empresa específica denominada Waydip para desenvolverem e aplicarem este conceito. A tecnologia de pisos piezoeléctricos é denominada Wayenergy. Os peões ao passarem pela passadeira produzem energia que é transformada em energia eléctrica mediante o sistema Wayenergy People. Essa energia produzida permitirá alimentar um painel luminoso de informação.
Por sua vez, sob uma lomba que antecede a passagem de peões, será instalado o sistema Wayenergy Vehicles que transforma a energia produzida pela passagem de veículos em energia eléctrica que alimentará um semáforo. A única desvantagem que os sistema Wayenergy têm é que na ausência de peões e viaturas não há produção de electricidade. Um dos factores que influencia o sistema Wayenergy é o peso, ou seja quanto mais pesado for o veículo ou a pessoa, mais electricidade é gerada. A energia produzida é acumulada e armazenada em baterias. No futuro o objectivo será vender a energia à rede eléctrica. Este sistema também tem a vantagem de permitir contar de forma precisa o número de veículos que passam no local.
Esta tecnologia poderá tirar vantagem de locais bastante frequentados como discotecas ou centros comerciais. Para além disso já conquistou prémios e o reconhecimento da Kauffman Foundation.
Sem comentários: