A Mini fez recolher 235.000 viaturas devido a receios de risco de incêndio originado por falha eléctrica. Esta medida surgiu depois de inúmeros proprietários terem-se queixado, durante meses, que as suas viaturas incendiaram-se mesmo depois de estacionadas.
Em Inglaterra há mesmo um exemplo de um Mini Cooper que se incendiou depois de repentinamente ter perdido potência. O incêndio deflagrou no próprio motor debaixo do capôt. A condutora só teve tempo de sair e fugir deixando no interior um computador portátil e a mala, que se perderam. Os pneus, inclusivé, explodiram. A condutora refere que se tivesse uma criança atrás o caso podia ter-se complicado.
"Perdi a confiança na marca"
A proprietária do Mini ficou de tal modo traumatizada com o incidente que optou por trocar a marca Mini por um Volkswagen Golf. "Perdi a confiança na marca", referiu. E acrescentou nunca mais querer conduzir outro Mini. A companhia seguradora pagou o incidente mas não tratou o problema com a BMW como devia ter feito. Ao início a BMW insistiu em referir que não havia problema nenhum. Mas mais tarde a marca bávara mudou de opinião e referiu que iria investigar a situação. Os modelos investigados são o Cooper S e o John Cooper Works construídos entre Março 2006 e Janeiro 2011.
O primeiro caso investigado pela BMW foi um Mini Cooper S de 2007 que se incendiou espontaneamente enquanto estava estacionado no parque. O segundo caso foi um modelo idêntico que ardeu depois de o condutor o ter estacionado num parque para ir ao cabeleireiro. O problema poderá estar num circuito electrónico que controla o sistema de arrefecimento do turbo. Se o sistema falhar a bomba de água ou o circuito electrónico, ou ambos, podem entrar em chamas conduzindo ao incendiamento do motor e, inevitavelmente, da viatura.
Para além do caso referido atrás, no Reino Unido foram reportados mais 6 casos. Nos EUA verificaram-se 12 casos. Os proprietários foram notificados com um recall à BMW, marca proprietária da Mini. Atendendo ao número de vendas, é uma percentagem pequena de viaturas com o defeito referido, mas o problema não deve ser desprezado ou escamoteado pela marca visto que pode por em risco a vida dos ocupantes das viaturas e ainda de terceiros.
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