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Lohner-Porsche, o primeiro veículo híbrido do mundo (1900)
Para se saber qual foi o primeiro veículo híbrido da história automóvel é preciso recuar até 1900, altura em que existiam três modos de propulsão: o vapor, a combustão e a electricidade. Quando tinha 18 anos, Ferdinand Porsche embarcou num comboio até ao norte da Boémia (actual República Checa) e dirigiu-se depois para Viena, na Áustria, para colaborar com Jacob Lohner, um fabricante de carroçarias. Nessa altura o pequeno Porsche não tinha qualquer educação formal de engenharia, mas rapidamente elaborou planos para o projeto de um veículo eléctrico.
Este sistema não necessitava de elementos mecânicos em fricção entre si com múltiplas engrenagens. Tinha a vantagem de suprimir eixos, correntes de transmissão e mudanças. Na altura a notícia deste tipo de veículos causou furor na imprensa. A parceria entre Lohner e Porsche deu origem aos modelos Lohner-Porsche, no entanto no início eram conhecidos apenas por Lohner.
Lohner, a empresa que projectou Ferdinand Porsche
A Lohner era uma empresa bem-sucedida, e construiu carros de bombeiros com motor dianteiro. A tecnologia eléctrica desenvolvida por Porsche foi utilizada por Lohner para fabricar camiões e autocarros e rapidamente se alastrou até à indústria aeronáutica espacial. A NASA e a Boeing estudaram o design do Lohner-Porsche para criarem um veículo lunar (Rover) para o projecto Apolo. Foi a Lohner que conseguiu projectar o engenho e génio de Ferdinand Porsche. Actualmente muitas marcas automóveis estão a aproveitar os mesmos conceitos que Porsche criou.
A empresa Lohner também conseguiu bater o recorde de velocidade na Áustría. Com Ferdinand Porsche ao volante, a Lohner conseguiu obter uma série de vitórias em eventos de desporto motorizado.
Lohner-Porsche "Mixte Hybrid", 4x4 (1901-05)
Na Grã-Bretanha um cliente conhecia a marca mas devido a alguma reticência pela tecnologia e pouca autonomia dos veículos eléctricos fez uma encomenda especial. Exigiu um veículo que, para além de funcionar a electricidade, o carro teria de funcionar também a gasolina.
Para além disso exigiu que tivesse quatro lugares em vez de dois. E teria, ainda, que ter tracção às quatro rodas em vez de às duas na frente.
O resultado final foi o Mixte Hybrid, o primeiro híbrido do mundo. No entanto o veículo acabou por revelar-se absurdo pois necessitava de 1,8 toneladas de peso só em baterias e um preço irrealista de 15.000 coroas austríacas.
Apesar disso foi construído a tempo da entrega. Foram produzidas cinco unidades.
O Mixte Hybrid também tem outro feito: foi o primeiro veículo com tracção às quatro rodas.
Lohner-Porsche "Semper Vivus", 4x2 (1901)
O Mixte Hybrid foi o primeiro híbrido da associação entre Lohner e Porsche, mas devido ao preço alto e peso excessivo, Porsche aperfeiçoou o conceito e criou um outro modelo - o Semper Vivus (do latim "sempre vivo"). Desta vez em vez de quatro motores eléctricos colocou dois o que tornava o veículo mais leve. E ambos foram acoplados nos cubos das duas rodas frontais. Era um veículo de duas rodas motrizes. No início os motores eram colocados no exterior mas mais tarde passaram para o interior, conferindo um aspecto mais agradável. A autonomia era de cerca de 50 km.
Como este modelo Porsche melhorou a autonomia dos seus veículos eléctricos e reduziu o seu peso excessivo. As baterias também eram menores. Associado aos motores eléctricos existiam dois pequenos motores a gasolina de 3,5 cv. Este conjunto era colocado no centro do chassis, entre os bancos dianteiro e traseiro. Os motores trabalhavam de forma independente e o excesso de corrente, após passar pelos motores elétricos nos cubos dianteiros, era armazenado nas baterias.
Em 1906, Ferdinand Porsche deixou a Lohner e passou para a Daimler-Benz como chefe de design. Nessa altura Jacob Lohner afirmou: "ele é muito jovem, mas tem uma grande carreira à sua frente. Vocês vão ouvir falar dele novamente." E confirmou-se. Curiosamente foi também em 1906 que a Lohner deixou de produzir veículos eléctricos.
Posteriormente Ferdinand foi recrutado por Adolf Hitler para projectar um carro para o povo, um veículo de massas e barato. Assim nasceu o primeiro Volkswagen. Mais tarde Ferdinand Porsche embarcou num projecto pessoal e criou uma marca com o seu nome: a Porsche.
Os primeiros modelos aproveitavam os motores Volkswagen. Foi nesta altura que o génio engenheiro começou a desenvolver o conceito de aerodinâmica, ou seja, criou veículos que conseguiam ser rápidos devido à baixa resistência ao vento. Com Porsche as performances aumentavam não pelo incremento da potência, mas pela diminuição do coeficiente de resistência ao vento e pela leveza da carroçaria. O Porsche Type 64 é um exemplo disso e acabou por ser o grande antecessor dos actuais 911.
Com o passar do tempo Ferdinand Porsche nunca mais retomou o seu primeiro conceito e dedicou-se, em exclusivo, à sua marca de veículos desportivos com motores a combustão.
O conceito de veículos híbridos foi abandonado até a Toyota voltar a pegar nele em 1997 lançando o Prius, o primeiro híbrido de produção em série.
No entanto o Lohner-Porsche tem, hoje, mais importância do que nunca.
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2013,
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