
A Audi venceu mais uma edição das 24 Horas de Le Mans e somou o 13º título no seu historial. Mas ao contrário da edição de 2013, este ano teve mais emoção. Desde o início da prova que o Toyota tomou o comando da corrida e chegou a ter uma volta de avanço para o segundo carro, neste caso um Audi. Parecia que as coisas ficariam arrumadas. Mas a meio da prova o Toyota que liderava parou inesperadamente com uma avaria eléctrica, sem possibilidade de voltar à boxe. Com isto os dois Audi's que vinham a seguir assumiram o comando e o destino da prova. A Porsche ainda se intrometeu no meio mas também foi vítima de falhas mecânicas. Na terceira participação seguida a marca japonesa não consegue destronar a Audi. A marca germânica mostra um bom trabalho de equipa enquanto o Toyota que liderou metade da prova correu sem apoio de outro carro de marca. Talvez isso tenha feito alguma pressão psicológica.
O que é certo é que tanto Toyota como Porsche e Audi tiveram problemas mecânicos mas a marca dos anéis foi mais fiável e isso é um factor fundamental para se vencer em Le Mans. Mais do que velocidade a fiabilidade é que permite aos carros terminarem a prova. Facto curioso foi que muitos veículos necessitaram de mudar as portas por defeciência nas dobradiças. Quanto aos portugueses acabaram por não ter sorte. Filipe Albuquerque nem chegou a aquecer o banco do Audi visto que o carro teve um acidente logo no início da corrida. O Aston Martin de Lamy teve problemas de direcção e acabou por perder a liderança. Desde 2000 que a Audi entrou nas corridas de Le Mans e o percurso é impressionante tendo perdido o título apenas por duas vezes. Já só faltam três triunfos para superar os 16 títulos da Porsche. Caricato é o facto de a gigante Toyota já ter um número considerável de presenças nas 24 Horas de Le Mans, mas nunca conseguiu alcançar o triunfo.
A reputação da Toyota como marca que produz carros fiáveis não tem produzido correspondência na prova raínha de resistência. É certo que os carros de competição são bastante diferentes dos que se produzem em série mas pesa bastante no subconsciente do consumidor. Por outro lado uma marca japonesa mais pequena, neste caso a Mazda, competiu apenas numa edição e conseguiu logo arrecadar o 1º prémio.
Vai a Toyota deixar de investir nesta competição em 2015?
De facto foi um bocado decepcionante ver o Toyota abandonar a prova quando liderava a corrida confortavelmente. Velocidade é o que não faltava ao carro japonês, mas um problema na bobina deitou tudo a perder. São milhões que se investem nesta competição e, muito provavelmente, a Toyota poderá equacionar a retirada na próxima época. Veremos. O Toyota corria com motor a gasolina totalmente aspirado e sem turbo, mas os reis desta competição têm sido já há alguns anos os blocos a diesel TDi do grupo Volkswagen. Têm sido os grandes protagonistas relegando para segundo plano os motores a gasolina, com ou sem turbo. Este cenário era impensável aqui há uns anos mas hoje é uma realidade que os blocos a diesel conseguem oferecer boas prestações em competição. Para concluir, o projecto do semi-eléctrico Nissan Zeod RC foi um flop com a desistência na corrida.
Lista de marcas vitoriosas em Le Mans:
16 Porsche
13 Audi
9 Ferrari
7 Jaguar
6 Bentley
4 Alfa Romeo, Ford
3 Matra-Simca, Peugeot
2 Lorraine-Dietrich, Bugatti, Mercedes-Benz
1 Chenard & Walcker, Lagonda, Delahaye, Talbot-Lago, Aston Martin, Mirage, Renault-Alpine, Rondeau, Mazda, McLaren, BMW








2 comentários:
11 contra 11 e no final ganha sempre a Alemanha.
o Toyota até era mais rápido mas as 24h não são uma prova de velocidade pura. há que contar com a resistência.