Citroën C4 Cactus 1.6 HDi (2014)



O novo crossover Citroën C4 Cactus já chegou ao mercado português. Tem todos os ingredientes para se gostar ou detestar. O seu design original não irá deixar ninguém indiferente. No entanto o grande objectivo da Citroën foi conceber um carro fácil de usar e prático com soluções interessantes a ter em atenção. O baixo consumo e o custo de utilização comedido reflectem esse objectivo. Também vem bem recheado de equipamento. Apesar de ser um crossover com aspecto robusto, o novo Citroën C4 Cactus pesa apenas 1130kg, ou seja mais leve que o C4, devido ao uso de materiais como o alumínio e aços leves.

A cor da carroçaria deste modelo apresenta três cores. Branco no geral, proteção de cavas e pára-choques em plástico negro e outros elementos decorativos da carroçaria na cor castanha. Mas o que chama mesmo mais a atenção no C4 Cactus são as portas da frente com um revestimento em plástico almofadado. Esta solução, criada pela Citroën, denomina-se Airbumps e é constituída por pequenas bolsas de ar que tem como finalidade absorver os impactos dos pequenos toques. Também é aplicada nos pára-choques. Não se sabe se o nome de Cactus derivou desta solução a lembrar os picos de um cacto, mas é bem provável que sim. O design dos Airbumps não é consensual e faz lembrar, um pouco, os antigos modelos americanos que apresentavam alguns elementos em madeira embutidos na carroçaria. Os Airbumps têm uma vantagem quando comparado com a tradicional carroçaria: o seu arranjo é mais barato do que uma re-pintura. Resta saber como será a receptividade do público português tão conservador e avesso a inovações.



Outras soluções inovadoras foram introduzidas neste modelo como é o caso do sistema de lavagem dos vidros que incorpora o próprio líquido no limpa pára-brisas. Também o isolamento do motor foi reduzido. O C4 Cactus revela-se económico no consumo e os 92cv do motor 1.6 HDi são suficientes para as necessidades básicas, mas não é propriamente um cavalo de corrida. A caixa semi-automática proporciona uma condução confortável sem grandes aventuras. É preciso habituação e paciência para o seu manuseamento. Vem com um eficaz sistema start/stop automático para ajudar na poupança. Quanto ao design a frente tem uma linguagem muito similar ao novo Picasso. As ópticas são formadas por três níveis. Em cima uma tira de leds para a luz diurna, ao meio os médios e máximos e em baixo os faróis de nevoeiro. Na lateral sobressaem os referidos Airbumps e as barras do tejadilho. Atrás o portão traseiro apresenta um painél de plástico castanho onde se integram as luzes de stop.



No interior destaque para a consola central infoteinment de 7'' a cores. Tem sistema de climatização comandado no ecrã, câmara traseira para auxiliar nas manobras de estacionamento, mas no meio de tanta solução inovadora não se percebe a ausência de um conta-rotações. Se há uma coisa que, tanto a Peugeot como a Citroën, fizeram bem foi eliminarem a profusão de botões. Mas há certas coisas que não devem ser questionáveis. O conta-rotações serve para avisar o condutor do regime do motor. A sua ausência não justifica a poupança de uns meros euros. O tecto panorâmico é uma opção só existente no nível de equipamento superior. A Citroën refere que o vidro usado no tecto panorâmico tem uma protecção térmica que reflecte a radiação solar, no entanto por mais protecções que o vidro tenha o sol entra sempre para o interior em dias de intenso calor. Algo que as marcas insistem em vender mas que o senso comum contraria. Quanto muito as proteções podem minimizar.



Os materiais a bordo não são de luxo mas a boa integração no design global e o acabamento fazem a filosofia do bom e barato. Outro aspecto curioso do C4 Cactus é o facto de o airbag do pendura ter sido colocado no tecto levando a que o porta-luvas tenha mais espaço de arrumação. A posição de condução é confortável. Atrás também há espaço para três pessoas. A mala, de forma rectangular, tem uma capacidade de 348L o que é suficiente para uma família de quatro pessoas. Até ao fim de Setembro de 2014 a Citroën oferece o equipamento acima do escolhido. São três os níveis: Live, Feel e Shine.



Mecânica
Motor: diesel, dianteiro, 4 cilindros em linha, 1560 cc, 8 válvulas
Tracção: dianteira
Alimentação: injecção directa por rampa comum, intercooler e turbo de geometria fixa
Potência: 92 cv às 4000 rpm
Binário: 230 Nm às 1750 rpm
Caixa: semiautomática 6 velocidades

Dimensões
Comprimento: 4157 mm
Largura: 1729 mm
Altura: 1480 mm
Peso: 1130 kg
Mala: 358 L
Depósito: 50 L
Pneus: 205/50 R17 V, com kit de reparação

Prestações
Velocidade máxima: 182 km/h
Aceleração 0-100 km/h: 11,4 s

Consumos
Combinado: 3,6 L/100km
Emissões CO2: 94 g/km

Preço
a partir de 23.280€

Prós e contras
+ economia, conforto, soluções inovadoras
- ausência de conta-rotações, design não consensual, caixa de velocidades algo lenta

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