Citroën C1 II (2014)



A segunda geração do Citroën C1 já chegou ao mercado nacional e conta agora com uma versão de tecto de correr em lona. O C1 é o terceiro mosqueteiro dos irmãos gémeos Toyota Aygo e Peugeot 108. O preço de entrada arranca nos 10.500€. Se na primeira geração os três modelos tinham ligeiras parecenças agora são todos diferentes na frente com visuais distintos. As motorizações continuam a ser partilhadas totalmente entre as três marcas. Dos três o Aygo é o que tem um aspecto mais radical, no entanto a frente do C1 também é ousada remetendo para o look do novo Cactus. O 108 é o mais clássico de todos indo buscar inspiração aos novos modelos da Peugeot.

Na primeira geração o C1 conseguiu vender tantos modelos como o 108 e Aygo juntos. A parte estética e o preço talvez tenham pesado na escolha dos clientes. Veremos se conseguirá manter o registo com o novo modelo uma vez que tanto a Toyota como a Peugeot melhoraram bastante. A frente do novo C1 apresenta dois grupos ópticos com uma tira horizontal e uma oval por baixo onde se integram os mínimos e médios. Se é verdade que a receita resultou no Cactus aqui é um pouco discutível devido às dimensões, pois os "olhos" confundem-se com as "sobrancelhas". Uma ideia iniciada no Nissan Juke que é uma solução estética algo ambígua. Depois não faz sentido colocar as luzes diurnas em leds num outro grupo em baixo nas extremidades. É algo difícil de assimilar a frente. Primeiro estranha-se e depois entranha-se.



A grelha frontal aloja o logotipo cromado integrado em dois frisos cromados. Uma grelha inferior no queixo de dimensões maiores e em formato trapezoidal dão uma ar mais desportivo. Já a traseira do novo C1 tem algumas afinidades estéticas com o novo 108 com grupo óptico de formato arredondado na cor vermelha. Na lateral os pilares da frente apresentam acabamento em negro para dar a sensação visual de tejadilho independente. De salientar que o novo C1 terá uma versão com tecto de abrir eléctrico através de uma lona que corre, ficando fixa atrás. Pode ser aberta até uma velocidade de 120km/h.



Quanto a equipamento o novo C1 vem mais bem equipado que a geração anterior mas poderá inflaccionar em demasia o preço final. Nas versões de topo vem com vidros eléctricos à frente, sistema de auxílio ao arranque em subida, luzes diurnas em leds, computador de bordo, sensores de pressão dos pneus, ar condicionado manual, fecho centralizado, cruise control, sistema de audio MP3 com entrada USB, jantes de liga leve, retrovisores eléctricos e ecrã táctil de 7'' que pode integrar uma câmara de visão traseira para ajudar no estacionamento. Pela negativa não se percebe porque é que no pacote de entrada não vem incluído o conta-rotações. Como é que uma peça banal se tornou num acessório? É uma política iniciada pela Smart e, erradamente, copiada por outras marcas. Os custos de fabrico certamente não inflaccionam muito o preço final que justifiquem a sua eliminação. De resto o interior do novo C1 é básico e o layout da consola central, na mesma a cor da carroçaria, tem um design pouco consensual sobressaindo do resto do tabelier, o que merecia maior cuidado. É capaz de causar algum cansaço com o passar do tempo ou gerar alguma interferência na atenção do condutor.



No capítulo das motorizações existem apenas duas opções a gasolina: 1.0 VTi (de origem Toyota) ou o 1.2 PureTech (de origem PSA). Ambos têm apenas três cilindros e se forem equipados com sistema de start/stop automático conseguem consumos bastante bons. A caixa pode ser manual de cinco relações ou manual pilotada também com cinco velocidades. A pintura exterior e os acabamentos interiores podem ser personalizados com várias combinações. Existem também outras opções que incluem sensores de luz e vidros escurecidos. Mas a existência de muitos opcionais e equipamento certamente inflaccionará o preço final a um modelo que se quer acessível.

Modelos a gasolina
1.0 VTi CxM5 (68cv): 13,0s; 155km/h; 4,1L/100km; 95g/km; 10.500€
1.0 VTi CxMP5 (68cv): 15,9s; 157km/h; 4,2L/100km; 97g/km; 12.570€
1.0 e-VTi CxM5 S&S (68cv): 13,0s; 154km/h; 3,8L/100km; 88g/km; 12.070€
1.2 PureTech CxM5 (82cv): 10,9s; 170km/h; 4,3L/100km; 99g/km; 12.270€

Prós e contras
+ design arrojado, consumo, equipamento
- Pouca consensualidade no desenho do tabelier, alguns opcionais

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