
O roadster SLK já vai na terceira geração e agora conta com uma versão a diesel. Sacrilégio? Nem por isso. Talvez os mais puristas torçam o nariz mas é mais económico e continua a ter boas performances. É preciso ver que os motores a diesel já conquistaram marcas como, por exemplo, a Porsche. Já venceram as 24h de Le Mans. E em tempos de crise, mesmo para os mais abastados, a versão 250 CDI BlueEfficiency promete poupar nos consumos. A Mercedes anuncia uma média de 4,9L/100km mas isso é num estilo de condução bastante pachorrento. O mais certo é andar à volta dos 6 e 7. Tem vários modos de condução que podem ajudar ainda mais nos consumos. Quanto ao design foi revisto sem desvirtuar muito a aparência e a essência da segunda geração. O interior mantém o mesmo requinte com bons materiais.
O tecto rígido do SLK é bastante bom. Não se equipara a um veículo com tecto totalmente estanque, mas é competente o suficiente tanto ao nível da insonorização como do isolamento térmico. Um ponto negativo é a suspensão que é sensível em pisos irregulares no modo Sport. Apesar de contar com um sistema variável, não se adapta aos buracos das estradas nacionais numa condução mais desportiva. O novo SLK é capaz de alcançar os 100km/h em menos de 7s. O modo Eco consegue poupar nos consumos, mas há que ter em conta que as recuperações perderão fulgor. Por isso se pretender uma condução mais agressiva terá de desligar o modo Eco.

Tem também um sistema automático de Start/Stop que ajuda, ainda mais, a carteira do condutor. A direção assistida hidráulica do SLK é bastante rigorosa e suave apetecendo, por vezes, conduzir o carro só com um dedo. O SLK é um veículo para transportar os passageiros da frente em modo confortável, com espaço razoável e desafogado. Os bancos são ergonómicos e adaptam-se facilmente à forma do corpo. Têm os cintos de segurança integrados uma vez que não existe pilar central. A posição de condução é boa. O layout da consola central e o painel de bordo é intuitivo e de fácil uso. Talvez a Mercedes devesse sintetizar melhor a informação, eliminando alguns botões.

No capítulo estético o novo SLK tem uma grelha frontal de maiores dimensões onde se integra o tradicional logotipo cromado acompanhado por um friso horizontal. Por baixo entradas de ar adicionais ajudam a arrefecer o motor. Nas extremidades duas tiras horizontais com luzes em led dão o look desportivo. As ópticas esguias integram dois grupos cada com o pisca numa pestana inferior. Na lateral sobressaem as saias aerodinâmicas e a saída de ar para dissipar o calor proveniente do motor. Com esta nova geração a traseira ficou a ganhar bastante com umas ópticas mais elegantes e esticadas em baixo relevo. A dupla ponteira de escape cromada ajuda a completar o toque desportivo.

No interior o design clássico, aliado a materiais com bom toque e visualmente sóbrios, prometem fazer com que o condutor não se canse com o passar dos anos. À imagem de outras marcas, o novo descapotável SLK já vem com um sistema de ventilação integrado nos encostos dos bancos que ajudam a aquecer o pescoço. É um engenho bastante precioso quando se anda de capota aberta em tempo mais frio. Só ainda não foi inventado um sistema que consiga evitar que a chuva entre com a capota aberta...O preço do novo SLK mostra que este continua a ser um carro pouco acessível aos portugueses. A importação de modelos usados é uma solução para se comprar o novo SLK por um preço mais em conta.
Mecânica
Motor: diesel, dianteiro, 4 cilindros em linha, 2143 cc, 16 válvulasTracção: traseira
Alimentação: injecção directa por rampa comum, turbo de geometria variável, intercooler
Potência: 204 cv às 3800 rpm
Binário: 500 Nm às 1600-1800 rpm
Caixa: automática 7 velocidades
Dimensões
Comprimento: 4134 mmLargura: 1810 mm
Altura: 1301 mm
Peso: 1590 kg
Mala: 335 L
Depósito: 60 L
Pneus: 205/55 R16
Prestações
Velocidade máxima: 243 km/hAceleração 0-100 km/h: 6,7 s
Consumos
Combinado: 4,9 L/100kmEmissões CO2: 128 g/km
Preço
a partir de 51.046€Prós e contras
+ Qualidade geral, consumo, prestações
- Suspensão dura em piso irregular no modo de condução Sport, preço, demasiados botões na consola central








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