As associações de consumidores europeias (Euroconsumers) reuniram-se em Bruxelas para discutir estratégias para combater a curta duração dos produtos. É frequente hoje em dia certos produtos, como electrodomésticos, durarem bastante menos tempo do que antigamente. Quem tem familiares mais antigos consegue testemunhar este facto facilmente. "Dantes os produtos duravam uma vida inteira" é a frase mais recorrente. E quem diz electrodomésticos pode falar em automóveis também. Mas porque duram menos tempo os produtos?
A resposta pode ser encontrada na necessidade de lucros pelas empresas. Ora se as pessoas comprarem um produto que dura uma vida inteira então não terão necessidade de voltar a comprá-lo a médio ou longo prazo e isso é um problema para as empresas fabricantes.
Como resultado desta filosofia os próprios fabricantes passaram a usar materiais cada vez mais baratos para reduzir os custos de produção. A substituição do metal pelo plástico é um exemplo. Reduz-se o preço das peças, o custo de produção e maximiza-se os lucros. Como consequência a qualidade e a durabilidade decrescem. Depois há outros casos em que os bens se tornam obsoletos devido a estratégias premeditadas das marcas. A obsolescência programada consiste numa estratégia dos fabricantes de conceberem os seus produtos já a pensar na forma como estes podem tornar-se obsoletos, fora de moda ou impossíveis de usar mais cedo, de modo a obrigar os consumidores a gastar dinheiro em reparações ou mesmo inviabilizando o seu arranjo, levando-os a comprar novos produtos para substituir os antigos. O revés da medalha desta política é a quebra de fidelização nas marcas. Por isso a Euroconsumers resolveu debater formas para combater estas estratégias e tendências abusivas que lesam o consumidor com o intuito de aumentar exponencialmente o lucro das empresas.








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