
O novo classe S, o topo de gama da Mercedes, já vai na sexta geração. Os anos passam e o luxo vai sendo cada vez mais refinado. A marca germânica procurou tornar o visual exterior mais agressivo e desportivo e menos clássico, isto apesar de manter o porte imponente. Escusado será dizer que este é um veículo exclusivo acessível a poucas carteiras. Muito poucos estão disponíveis para gastar 110 mil euros num carro. É mesmo bastante popular em embaixadas, altos membros de governos ou de repúblicas, principalmente na cor preto brilhante. Mas também merece o destaque em empresários de topo. Portanto pessoas que não vão propriamente ao volante mas são antes conduzidas.
É um veículo sumptuoso e de eleição. O nosso primeiro ministro faz-se passar por um classe S de quinta geração na cor cinza prata nas deslocações que faz pelo governo. Mas este novo modelo da sexta geração já não poderá entrar na garagem do parlamento uma vez que foi reduzida a verba máxima para adquirir novas viaturas. Os 110 mil euros pedidos pela Mercedes já não cabem no orçamento. A não ser que seja a leasing... Mas voltando à viatura em si, o novo classe S tem o novo requinte de conduzir-se sozinho em filas de trânsito mediante o auxílio de várias câmaras e sensores instalados na viatura. Trata-se de um opcional que não vem de série.

Em termos estéticos o novo classe S mantém o mesmo formato mas está mais musculado. A frente está mais dinâmica. A tradicional grelha está mais alta e os "olhos" menos descaídos, mais abertos e adaptados à moldura da grelha. Os faróis possuem agora uma "sobrancelha" em tira leds para iluminação diurna. Uma grelha adicional inferior rasgada no "queixo" do pára-choques dá mais desportividade a um modelo clássico. O capôt bem como a lateral do veículo possuem agora vincos mais acentuados para dar maior robustez à carroçaria.
A traseira sofreu algumas alterações. A começar pelas novas ópticas de desenho mais afiado e com iluminação através de padrões horizontais desenhados no seu interior. Um friso inferior branco alberga os piscas em leds. O pára-choques traseiro passou a ter a linha de recorte mais acima alinhado com o friso cromado da pega do porta-bagagens. Uma "língua" inferior sobressai do pára-choques onde se localizam duas ponteiras de escape cromadas. Depois entremos no interior.

Aqui imperam os melhores materiais existentes na indústria automóvel. Desde os plásticos de toque suave, à madeira de acabamento polido brilhante passando pelos alumínios e peles com costura irrepreensível. A qualidade impera e o classicismo continua a dominar, O clássico painel de bordo de dois manómetros é simples e eficaz. O ecrão de bordo horizontal, as bocas de ventilação de formato circular, o relógio analógico ao centro e os discretos botões de comando integrados no bordo inferior de alumínio, tudo parece equilibrado e no sítio certo sem muito ruído estético.
Os bancos da frente possuem um modo de massagem com possibilidade de aquecimento através de pedras que retêm o calor. Podem adaptar-se ao formato do ocupante e podem ainda compensar a força G nas curvas apertadas. Tanto à frente como atrás o espaço a bordo é vasto. Um pormenor curioso no classe S é que os ocupantes dos bancos de trás podem regular o afastamento dos bancos da frente. Uma função que não é um mero acaso. Isto porque trata-se de um veículo tradicionalmente tripulado por chaufeurs que transportam pessoas importantes...nos bancos de trás pois claro.

O ar condicionado é multizona. Como opção existe um sistema de som surround da Burmester e ainda ecrãs com DVD nas costas dos bancos da frente onde se podem usar headphones sem fios. No capítulo da segurança o novo classe S vem bastante equipado. Por exemplo vem com assistente de limite de velocidade, sistema com sensores de desgaste das pastilhas de travagem, protecções para peões em caso de embate ou sistema de travagem adaptativo e muito mais.
Sentados ao volante e accionado o motor é altura de rolar. A condução revela-se fácil, isto apesar de ser um veículo grande. A versão diesel 350 BlueTEC do classe S foi feita para proporcionar consumos mais reduzidos. Se em estrada é bastante silencioso e confortável mesmo a altas velocidades, já em circuitos mais sinuosos há que ter algum cuidado pois este não é propriamente um carro desportivo. Mas também quem compra um classe S não pensa em aventuras de rali na serra.

No entanto é capaz de alcançar os 100km/h em apenas 6,8s, o que para um veículo de quase duas toneladas não é nada mau. Existe a possibilidade de seleccionar a suspensão desportiva. O consumo anunciado pela Mercedes é de 5,5L/100km, mas apenas num estilo de condução pachorrento. Para um veículo desta dimensão e peso conseguir este valor é um feito.
Mecânica
Motor: diesel, dianteiro, 6 cilindros em V, 2987 ccTracção: traseira
Alimentação: injecção directa por rampa comum, turbo de geometria variável e intercooler
Potência: 258 cv às 3600 rpm
Binário: 620 Nm às 1600-2400 rpm
Caixa: Automática 7 velocidades
Dimensões
Comprimento: 5116 mmLargura: 1899 mm
Altura: 1496 mm
Peso: 1955 kg
Mala: 510 L
Depósito: 70 L
Pneus: 245/55 R17
Prestações
Velocidade máxima: 250 km/hAceleração 0-100 km/h: 6,8 s
Consumos
Combinado: 5,5 L/100kmEmissões CO2: 146 g/km
Preço
a partir de 109.105€Prós e contras
+ Conforto, qualidade geral, materiais, vida a bordo, segurança, consumo
- opcionais








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