Nissan X-Trail II 1.6 dCi 4x2 (2014)



O novo Nissan X-Trail está mais redondo e menos quadrado. O SUV da marca japonesa também está maior do que a primeira geração, a geração anterior, e o preço não sofreu alteração por causa disso. No entanto o aspecto do novo X-Trail aproxima-se mais de um Qashqai, ou seja um veículo de cariz urbano, e afasta-se mais da aparência de um todo-o-terreno. E, de facto, isso é justificado com o fim de produção do Qashqai +2, o Qashqai esticado, que acaba por ser substituído por este X-Trail.

O novo X-Trail fica agora mais apto para circular no alcatrão, o que não inviabiliza incursões em terrenos mais agrestes, mas na versão 4x2 é preciso ter algumas cautelas pois não se trata de um puro todo-o-terreno. Apesar disso o novo X-Trail continua a ter a mesma distância ao solo em 21 cm. Está mais comprido, mais largo e mais baixo, o que contribuiu para melhorar a imagem visual do novo SUV, e acima de tudo mais confortável para viagens de longa distância. É mais versátil e polivalente podendo servir de veículo para o dia-a-dia na cidade, coisa que não acontecia com a anterior geração.



Quanto à estética exterior é fácil encontrar o ADN da Nissan espelhados no Juke ou no Qashqai. A frente mostra a mesma grelha horizontal rasgada com a língua cromada ao centro onde se localiza o logotipo e as ópticas replicadas do Qashqai com luzes diurnas leds em formato de boomerang. Uma grelha inferior simétrica com friso cromado e luzes de nevoeiro redondas nas pontas completam a cara do novo X-Trail. De perfil a protecção inferior da carroçaria e das cavas das rodas em plástico negro mantém-se. As portas revelam dupla linha de cintura com dois vincos a correrem de forma paralela até às rodas frontais e ao capôt, contornando o envidraçado lateral dando mais músculo e contraste nas sombras.

Os puxadores são cromados e a moldura dos vidros laterais também terminando atrás em forma de dente seguindo as linhas do pilar traseiro e das ópticas. O desenho das jantes em liga leve bi-color com um fino aro e cinco raios em forma de dente contrasta com o fundo negro. Atrás o aileron aerodinâmico confere desportividade ao X-Trail. Os farolins traseiros aparentam alguns elementos em cor branca como a moldura, a localização dos piscas e a marcha atrás. Esta solução de ópticas brancas atrás é inspirada na Saab que as denominou de bloco de gelo. No geral o desenho do novo SUV saiu refinado.

É certo que o X-Trail está mais propício a andar na cidade mas nota-se a falta de alguma agilidade quando se manobra o veículo, principalmente a estacionar. Quanto à vida bordo, o espaço aumentou e o tecto panorâmico ajuda na sensação de amplitude. A solução de tecto panorâmico é uma medida que faz sentido em países com pouco sol o que não é o caso de Portugal. Se no Inverno o efeito de estufa no seu interior ajuda a aumentar o calor, no Verão revela-se penoso. Para além disso a sensação da chuva num tecto de vidro é diferente do que num tejadilho normal.



A sujidade, as poeiras, a goma das árvores ou os dejectos de aves ficam mais evidentes num tecto de vidro o que obriga à sua constante lavagem, a não ser que o X-Trail durma em garagem. Uma coisa é certa, a visibilidade a bordo do novo X-Trail é boa em qualquer lugar, seja à frente ou atrás. Os acabamentos e os materiais interiores são bons. O painel de bordo do condutor tem dois manómetros. O tabelier em cor negra contrasta com o acabamento de cor creme da parte inferior. A consola central mostra um ecrã infoteinment.

É necessário algum estudo (e habituação) para se conseguir dominar na íntegra todas as funcionalidades disponíveis no X-Trail e que incluem, entre outros, sistemas de segurança como o Escudo de Protecção Nissan. Vem bem equipado e isso reflecte-se no preço, ao contrário de outras marcas. Por exemplo a câmara traseira vem de série. Nos testes de colisão da Euroncap o X-Trail obteve nota máxima.

Quanto à motorização existe apenas um bloco no mercado: 1.6 dCi a diesel do grupo Renault com 130cv que satisfaz q.b. para os 1.615kg de peso total, isto sem passageiros porque se for com sete ocupantes a história muda de figura e os 130cv podem não ser suficientes fazendo até aumentar o consumo exponencialmente. Os 5,8L/100km anunciados pela Nissan são algo de utópico. Nem mesmo com o veículo vazio e a velocidades reduzidas se consegue alcançar tal valor.

Mecânica
Motor: diesel, dianteiro, 4 cilindros em linha, 1598 cc
Alimentação: injecção directa common rail
Potência: 130 cv às 4000 rpm
Binário: 320 Nm às 1750 rpm
Tracção: dianteira
Caixa: Xtronic de variação contínua

Dimensões
Comprimento: 4643 mm
Largura: 1820 mm
Altura: 1695 mm
Peso: 1615 kg
Mala: 445 L
Depósito: 60 L
Pneus: 225/55 R19

Prestações
Velocidade máxima: 180 km/h
Aceleração 0-100 km/h: 11,4 s

Consumos
Combinado: 5,1 L/100km
Emissões CO2: 135 g/km

Preço
a partir de 39.800€

Prós e contras
+Polivalência, equipamento e conforto em viagens longas
- Consumo, falta de alguma agilidade em estacionamento

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