Ford GT II (2015)



A primeira geração do Ford GT de estrada foi fabricada entre 2005 e 2006. No entanto o seu início começou na competição há precisamente 50 anos na pista das 24 horas de Le Mans quando arrecadou o pódio completo. Agora foi apresentada a segunda geração do superdesportivo da marca da oval azul. O lançamento está previsto que seja em 2017 e junta-se a uma gama de viaturas desportivas a lançar até 2020 como são os casos de Focus RS, F-150 Raptor, Shelby GT350 e Shelby GT350R. A novidade do novo GT prende-se com a estrutura do chassis ser feita em fibra de carbono. Quanto a motorização irá recorrer à tecnologia Ecoboost.

A primeira evolução da Ford foi precisamente na pista quando em 1901 um modelo de Henry Ford venceu uma corrida. O feito levou diversos investidores a financiarem a marca. É sabido que o sucesso desportivo sempre teve grande influência nos clientes. Por isso não é de estranhar que a Ford queira voltar à ribalta passados 50 anos. O baixo peso da carroçaria do novo GT, através do uso de materiais como a fibra de carbono, o alumínio ou compósitos leves, beneficia as performances e a agilidade. A célula interior é feita em fibra de carbono, enquanto que na frente existe uma estrutura de alumínio. Atrás existe uma malha com painéis de fibra de carbono estrutural.



Claro que este é um veículo exclusivo acessível a carteiras bastante recheadas que não se preocupam muito com coisas como o consumo. No entanto o novo GT consegue melhorar este capítulo com o uso de turbos. A aerodinâmica é fundamental neste veículo de altas performances. O aileron traseiro é activado a partir de uma determinada velocidade para aumentar a downforce e manter o veículo estável. Dispõe de uma série de inovações tecnológicas que poderão ser replicadas nos modelos mais acessíveis. Aliás é sabido que a competição é o melhor campo para testar tecnologias que depois são aplicadas em carros comerciais.

O novo GT conta com um bloco central de 3.5L Ecoboost V6, auxiliado por dois turbos, a debitar 600cv de potência derivado da alta competição. Com este propulsor a Ford já conquistou várias vitórias no campeonato IMSA TUDOR United SportsCar Championship e ainda o primeiro lugar nas 12 Horas de Sebring. Já são mais de 15 mil quilómetros em corridas de resistência. A tracção é, obviamente, traseira e surge associada a uma caixa de sete velocidades com dupla embraiagem. As patilhas no volante tornam as mudanças quase instantâneas.



No que toca à parte estética o ADN do novo Ford GT continua intacto mas com inovações ao estilo contemporâneo. Apresenta um conceito mais fragmentado e complexo como já faz a Ferrari e recorre a formas mais musculadas e esculpidas. Pode ser uma moda mas o que é certo é que os modelos mais antigos com formas simples e puras continuam a ser os mais apreciados pelos colecionadores. Na frente o nariz de tubarão mantém-se, com uma enorme entrada de ar inferior desenhada através de um difusor aerodinâmico que serve para desviar o fluxo de ar do pára-choques. O capôt possui dois rasgos que servem para dissipar o calor.

Os olhos apresentam um desenho mais elaborado mas de pontas arredondadas. Aqui o GT da primeira geração era mais feliz com uma forma simples e eficaz. No interior as ópticas têm agora fundo negro e continuam com dupla iluminação em formato rectangular mas com decorações em luzes diurnas de leds a emoldurarem o conjunto. Na lateral os pilares frontais são dissimulados para dar a ideia de um vidro contínuo entre o pára-brisas e os vidros das portas. Os retrovisores são apoiados nas portas em finas hastes. As portas abrem em forma de gaivota e junto ao pilar traseiro existem entradas de ar para arrefecer o motor.



Uma solução curiosa aqui, e usada pela primeira vez num Ferrari, é a colocação de uma travessa que une o tejadilho e o ombro lateral da carroçaria. A sua forma não é fechada deixando fluir o ar desde a porta até ao aileron traseiro. Na lateral destaque ainda para as jantes de 20'' calçadas com pneus Michelin Pilot Super Sport Cup 2. O sistema de travagem recorre a discos compósitos feitos de carbono e cerâmica, devidamente ventilados.

A estética da traseira do novo GT foi mesmo a parte mais preservada. O estilo retro continua intemporal. As clássicas ópticas circulares são as mesmas mas agoras feitas com leds e salientes da carroçaria. Uma enorme boca serve para enquadrar as luzes e os escapes. É já uma imagem de marca do Ford GT a colocação da dupla ponteira de escape ao centro e ao mesmo nível das ópticas. Na parte inferior difusores aerodinâmicos em plástico negro ajudam colar o GT ao asfalto.



O cockpit do novo GT é minimalista e sóbrio em tons cinza e preto, com os botões a serem reduzidos ao nínimo. O volante recortado em cima e em baixo com comandos e patilhas de mudança atrás é bem ao estilo da Fórmula 1. Os dois bancos são integrados na célula de fibra de carbono premitindo uma ligação sensorial mais directa ao chassis. Outra inovação no GT é a introdução de pedais ajustáveis no lugar do condutor. Por norma só o volante costuma ser ajustável. O painel de instrumentos é totalmente digital e configurável em vários ambientes consoante o estilo de condução.

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