A Volkswagen está à procura de culpados para o escândalo dieselgate que abalou fortemente a imagem e a credibilidade do gigante alemão. Nada voltará a ser como dantes. O impacto só será suprimido com a introdução no mercado de carros mais amigos do ambiente. Mas para já o importante é procurar responsáveis por isso os funcionários que colaborarem com os investigadores através de denúncias ficará impune até finais de novembro e não correrá o risco de ser demitido. O processo de investigação está a ser lento e mostra alguma surpresa pelos executivos de topo. O ex-CEO da Volkswagen saiu com uma reforma milionária, no entanto a situação pode inverter-se caso se prove que esteve envolvido na fraude.
O cerne do escândalo prende-se com a origem da fraude. Partiu de ordens superiores ou foi efectuado por cargos intermédios? Ou seja, das duas uma, ou os chefes executivos da Volkswagen não tinham conhecimento do software fraudulento e aí a responsabilidade recai para técnicos e engenheiros informáticos, ou então sempre o souberam e procuram, agora, atribuir responsabilidades para cargos inferiores. A dúvida mantém-se até ao final da investigação que conta com a consultadoria Delloite e a firma de advogados norte-americana Jones Day. O comunicado de investigação transmitido aos funcionários refere: “Estamos a contar com a vossa cooperação e conhecimento enquanto funcionários da nossa empresa para chegar ao fundo da situação do diesel e do CO2”. Caso alguns modelos vejam a sua produção cancelada, como Scirocco ou Sharan a Autoeuropa poderá vêr-se prejudicada por falta de modelos.
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