Alemanha tenta envolver grupo Fiat Chrysler na fraude de emissões?



A Alemanha parece não querer ficar atrás no esquema de fraude de emissões em veículos a diesel que manipularam as emissões de óxido de azoto (NOx). O escândalo teve início nos EUA com veículos do grupo Volkswagen. Depois seguiu-se a Mitsubishi a confessar que também fez o que não devia durante anos. Existem outras marcas a serem inspeccionadas. Agora calhou a vez da Fiat?

O jornal alemão Bild am Sonntag refere um relatório da Agência Federal Alemã do Automóvel (KBA) a comunicar que a Fiat (também) usa "software, aplicações e calibradores suspeitos e possivelmente fora da lei" que alteram os níveis reais das emissões de gases poluentes.

O relatório foi enviado para a Comissão Europeia e teve como base vários testes de controlo de emissões poluentes efectuados em modelos a diesel do grupo Fiat com a norma Euro6 e concluiu que o sistema instalado desactivava-se completamente ao fim de 22 minutos, dois minutos depois do final dos testes com o veículo parado o que permite emitir gases poluentes, como o óxido de azoto (NOx), acima da lei com a viatura em andamento.

Tal como o verificado no grupo Volkswagen, se os veículos cumprissem a norma em andamento provavelmente as performances seriam diferentes e o consumo real poderá ser mais alto do que o anunciado pelas marcas. Resta saber se esta suspeita tem fundamento ou não será uma forma de a Alemanha tentar sacudir a água do capote. Uma espécie de caça às bruxas para procurar sustentar a teoria de que foi uma prática generalizada na indústria automóvel de forma a repartir os custos das sanções por outras marcas?

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