Nova geração do Smart eléctrico com
autonomia de 160km e 82cv de potência
autonomia de 160km e 82cv de potência
As dimensões e peso reduzidos fazem do Smart um dos veículos mais poupados do mercado. A versão eléctrica torna-se imbatível no segmento dos eléctricos. A quarta geração do Smart fortwo ED (electric drive) traz um trunfo: maior autonomia e maior potência. O preço é ainda pouco competitivo para o nosso mercado.
O novo motor deste eléctrico é síncrono de 60kW (equivalente a 82cv) alimentado por uma bateria de lítio de 17,6kWh. É mais leve e conta com três fases em que a rotação do bloco é determinada pela magnetização sequencial de três polos. Um conceito básico mas que permite tornar mais simples a transmissão da potência às rodas. A relação é sempre fixa dispensando qualquer caixa de velocidades e evitando o seu desgaste mecânico.
Aqui existe apenas uma relação quando se entra em andamento o que torna mais fácil a condução do Smart ED. Existem antes quatro opções para o condutor: estacionar (Park); desbloquear (Neutro); avançar (Drive) e retroceder (Reverse). Neste último caso a rotação do motor é invertida. O silêncio e o rodar dos pneumáticos são os únicos ruídos que se ouvem, para além do rádio quando estiver ligado. É um veículo urbano verdadeiramente amigo do ambiente com zero emissões e um consumo imbatível.
A potência, face à geração anterior, foi melhorada. Os 82cv permitem alcançar os 100km/h em 11,5s. A velocidade máxima é de 130km/h. Não é propriamente um carro de corrida, antes um veículo com as características essenciais para as necessidades de circulação em cidade. Até porque carregar em demasia no acelerador é sinónimo de ver a barra da bateria a diminuir rapidamente.
A autonomia anunciada pela Smart é de 160km. Apesar da melhoria, face à anterior geração, continua a ser um valor baixo que limita as deslocações, sempre com necessidade de calcular as paragens a efectuar nos postos de carga (que não abundam muito) antes de iniciar a marcha. O novo Smart ED não permite fazer grandes viagens sem várias paragens no meio do caminho.
Existe um modo de condução Eco que tira maior proveito das recuperações e travagens permitindo maior autonomia e mais kilómetros a percorrer antes do póximo carregamento da bateria. Por isso o grande desafio que o veículo coloca ao condutor é encontrar maneiras de aumentar a autonomia através do estilo de condução.
O carregamento da bateria pode ser feito numa tomada doméstica necessitando de 8 horas até atingir os 100% de carga. Mas a aquisição de uma Wallbox, um extra, permite que o tempo seja encurtado para 3,5 horas, o equivalente ao carregamento num posto público da Mobi-E. Em 2018 vai estar disponível um carregador rápido de 22kM que regenera 40% da carga da bateria em apenas 15 minutos e 80% em menos de uma hora. É aconselhável evitar o descarregamento completo das baterias de modo a preservar o seu tempo de vida útil.
Existe uma app desenvolvida pela Smart que permite monitorizar no smartphone as necessidades de carga da bateria e os km de autonomia disponíveis. Se o carro estiver ligado à ficha é mesmo possível programar um carregamento a determinada hora. A bateria tem uma garantia da marca de 8 anos ou 100.000km. No capítulo da estética o Smart fortwo ED não difere muito do modelo a combustão. Apenas alguns pormenores e cores diferem-no do modelo tradicional.
As ópticas frontais são as mesmas e ao estilo do Mercedes classe C, que faz parte do mesmo grupo (Daimler Chrysler). A grelha frontal microperfurada parece ser meramente decorativa uma vez que não existe radiador no modelo eléctrico. Podia muito bem ser opaca... Também uma grelha lateral em cima da roda traseira parece ser outra reminiscência do modelo tradicional. Se não existe motor a combustão não há necessidades de arrefecimento extra. Ou destinam-se a arrefecer o motor eléctrico?
É no interior que o Smart ED mais se distingue dos irmãos com motor interno a combustão. Os plásticos não são os melhores ao tacto. O painel de instrumentos inclui um ecrã especial que mostra informação preciosa como quando o veículo está a regenerar, os gastos e a carga da bateria. Em opção existe a possibilidade de escolher um volante aquecido, mas que se torna contraproducente já que diminui a autonomia do veículo. Um pacote especial dota o Smart ED de vários pormenores em verde eléctrico. O pack da Brabus torna o veículo mais agressivo, mas o preço também aumenta.
Um pormenor curioso: como é sabido o motor do Smart tradicional a combustão é montado na traseira sob a bagageira e o radiador fica na frente, o que retira algum espaço para arrumação atrás. Com o Smart ED o motor também é montado atrás mas a bateria é colocada ao centro permitindo maior espaço para as compras. Não é muito mas ajuda a aumentar alguma capacidade de carga. Mas atenção se o Smart ED for carregado a autonomia diminui.
Para além disto tudo o novo Smart fortwo tem uma manobrabilidade e agilidade que fazem dele o veículo de excelência para circular nos lugares mais apertados da cidade. Não há veículo mais fácil para estacionar do que o Smart fortwo. Para além do fortwo coupé, as versões eléctricas também estarão disponíveis, pela primeira vez, nos modelo forfour, e fortwo cabrio.
Mecânica
Motor eléctrico: síncrono de 3 fasesAlimentação: bateria lítio 17,6kWh
Potência: 60kW (equivalente a 82cv)
Binário: 160 Nm
Tracção: traseira
Dimensões
Comprimento: 2695 mmLargura: 1663 mm
Altura: 1555 mm
Peso: 1085 kg
Pneus: 165/65 R15 (à frente); 185/60 R15 (atrás)
Mala: 260 L
Prestações
Velocidade máxima: 130 km/hAceleração 0-100 km/h: 11,5 s
Preço
a partir de 22.500€Prós e contras
+ manobrabilidade em cidade, visual irreverente
- autonomia limitada, plásticos a bordo, preço
1 comentário:
dá para fazer uns passeios ao domingo e devagarinho senão lá se vai a carga da bateria