Na hora da compra de um carro o que salta à primeira vista é a estética.
Uns dão mais importância à estética do que outros, mas ninguém lhe fica indiferente.
Na hora da decisão é um factor que pode pesar.
No entanto a estética não é tudo. "La beleza non basta". Está provado que carros com estética menos apelativa não vingam. A receita é simples. Um cliente que adora o seu Alfa Romeo não se importa com as avarias e trata o carro com carinho. Já se fosse um carro mais feio a paciência seria outra.
Emoção e razão devem ser ponderados e pesados devidamente pois a compra de um automóvel é sempre um acto dispendioso e a decisão certa evita futuros dissabores. Quer seja novo ou usado pense nos factores que deve ter em conta antes da compra.
As dicas mais básicas:
1 - Avalie as necessidades no momento e no futuro
Normalmente, o veículo será para utilizar durante alguns anos e, por isso, deve pensar-se também no futuro e nos planos que possa, eventualmente, ter nos próximos anos. Por exemplo, constituir família, ter filhos, o aumento dos combustíveis, combustíveis alternativos, etc. Assim, mais importante do que procurar o que quer, o consumidor deverá ter a noção exacta do que realmente precisa.
2 - Tenha em conta o tipo de utilização
Condução urbana, extra urbana ou mista, ou ainda o número de quilómetros que fará anualmente. Estes são alguns critérios que deve ter em conta. Caso faça muitos quilómetros em cidade a melhor opção será a compra de um veículo com menores consumos e combustíveis mais baratos, ou até alternativos (híbridos, eléctricos). No entanto, se prevê fazer muito quilómetros diários, as opções a diesel poderão ser uma melhor opção.
3 - Custos de manutenção
Opte por um veículo cujos custos de manutenção estejam dentro do seu orçamento. Dois carros podem ter o mesmo preço de comprar, mas custos de manutenção muito díspares. O melhor modelo é sempre o que tem melhor qualidade e a tecnologia mais evoluída. Bons materiais e acabamentos são garantia de uma maior longevidade. E a tecnologia dá os outros valores essenciais da equação: economia e segurança, fundamentalmente.
4 - Quanto tempo quer ter o carro
Pondere sobre o tempo que quer manter o veículo em sua posse. No caso de pensar em vender o automóvel poucos anos após a compra tenha em atenção as marcas que desvalorizam menos. Se, no entanto, pretender ficar com o veículo por muitos anos o factor desvalorização torna-se menos preponderante no acto da compra.
5 - Atenção ao Crédito
As limitações do crédito ao consumo têm aumentado. A maior parte dos concessionários têm vindo a reforçar a oferta de múltiplas soluções. Ao nível das taxas praticadas entre os bancos e um financiamento intermediado por um concessionário existe pouca diferença. Por exemplo, a Renault através da RCI Banque, tem um produto financeiro de crédito dedicado aos particulares intitulado "Cash Back" com o apoio à entrada inicial do cliente (que pode chegar até aos 2.800 euros) o que reduz significativamente o capital financiado. A taxa média deste produto ronda os 7,5%, mas com o apoia à entrada, poderá atingir valores negativos.
• cor: verifique o carro no exterior, pois a iluminação artificial nos stands pode alterar a percepção da cor
• estética: decididamente tem um peso grande mas não se deixe levar por modas
• plásticos: um carro com muitos plásticos é uma fonte de ruídos
• fiabilidade mecânica: um bom motor evita-lhe chatices
• consumos: calcule a distância que percorre no dia-a-dia e veja se compensa comprar um diesel ou gasolina ou mesmo um híbrido. E porque não um elétrico? Se anda pouco, os motores modernos a gasolina já consomem menos e são uma melhor opção. Não se deixe levar pelos consumos anunciados pelas marcas pois quase nenhuma consegue dizer a verdade. Umas mentem mais do que outras. Faça um test-drive e averigue você mesmo o consumo em circuito urbano e vias rápidas.
• número de pessoas na família: não seja uma vítima da moda das carrinhas, antigamente as pessoas governavam-se com carros compactos e hoje com uma carrinha acham que o espaço é pouco. Carrinhas são mais pesadas. É vulgar pessoas solteiras terem uma carrinha. São mais difíceis de estacionar na cidade.
• qualidade perceptível dos materiais e da construção: veja se os materiais são bons e se a montagem é garantia de silêncio no interior
• compare ensaios: veja testes em revistas especializadas e compare com outras marcas, pois por vezes surgem modelos que só trazem defeitos. Por mais boa que seja a marca nenhuma está livre disso.
• pintura e união de peças: veja se a pintura é boa e se as uniões são boas. Folgas grandes são sinais de má construção.
• status-quo: não seja uma vítima do status-quo. Opte por escolhas racionais que sejam amigas da sua carteira e não tente passar uma falsa imagem pois pode trazer-lhe dissabores. Marcas de luxo têm revisões mais caras.
• revisões: verifique o preço das revisões
• garantia: verifique qual o número de anos da garantia e a que se refere
• retorno de venda: há certas marcas, cujos seus veículos se desvalorizam mais do que outras. No entanto existem casos de carros clássicos que valem mais do que o seu preço inicial
• cilindrada: carros de cilindrada maior pagam mais imposto, no entanto hoje existem motores de baixa cilindrada com mais potência
• diesel, gasolina ou híbrido: carros sem turbos e compressores são mais simples e passíveis de menos avarias. Os híbridos são sistemas mais complexos
• pneus e jantes: pneus de baixo perfil e de raio grande são mais apelativos mas inadequados para as estradas portuguesas, são passíveis de sofrerem mais furos e empenamentos
• gadgets e extras: esteja atento ao equipamento de série. Um preço baixo pode ser uma ratoeira. Por exemplo a marca Smart vai ao extremo de oferecer carros em que o porta-luvas, o relógio ou o conta-rotações são uma opção
• pneu suplente: nem todas as marcas colocam pneu suplente no porta-bagagens, preferem colocar um pneu para rolamento a baixa velocidade ou o kit de reparação (que tem um prazo de validade)
• altura ao solo: carros baixos têm mais dificuldade em subir passeios, ou entrar em rampas
• tejadilho: tectos de lona são voláteis e sofrem do cancro das infiltrações, portanto próprios para descansarem em garagens cobertas. Os tectos em vidro são vulneráveis aos estilhaços (granizo, pedras...).
• faça um estudo sobre a marca: o historial das marcas ajudam a perceber o nível dos seus produtos
• promoções enganosas: os produtos colocados em anúncios nem sempre têm correspondência com o preço anunciado. É frequente colocar o preço de um carro de base ("a partir de ? euros") e divulgar a imagem de uma versão de gama alta. Esteja atento.
• no stand verifique se é indicado, em local visível, o preço, a matrícula, o número de registos anteriores e o prazo de garantia. Estes elementos são obrigatórios. Se algum faltar, não compre e denuncie no livro de reclamações
• analise a quilometragem do carro. Para um modelo a gasolina são normais 14 a 21 mil km/ano. Já nos modelos a gasóleo o habitual são entre 24 e 31 mil km/ano.
• consulte o livrete do veículo e o título de registo de propriedade ou o Documento Único do Automóvel. Verifique se os dados técnicos coincidem com os do carro e quantos proprietários já teve. No caso de um ligeiro de passageiros com mais de 4 anos, verifique se a inspecção periódica obrigatória foi feita. Analise também se as revisões estão em dia.
• antes de comprar, informe-se do custo aproximado do modelo que pretende
• caso detete defeitos pergunte se serão reparados
Documentos e legalidade
• verifique a legalidade do veículo: não realize a compra sem antes verificar se o veículo é furtado ou tem multas pendentes. A DGV poderá informar sobre a situação do veículo: se houve furto, se existem multas, etc...
• verifique os documentos com cuidado: só aceite documentos originais. Recuse papéis com rasuras ou fotocópias, mesmo autenticadas. Negócios da china podem esconder falsificações. O barato pode sair caro.
• confira o número de chassi: com o capô aberto verifique se o número do chassi que vem gravado perto do motor, no vidro e em vários locais, confere com o que consta no certificado de propriedade do veículo. Os números e letras do chassi e da placa de identificação devem estar alinhados, com os seus espaços regulares e os contornos das letras e números uniformes. Veja se não há sinais de pingos de solda próximos da identificação
• veja o livro de revisões: e verifique se foram feitas mudanças de óleos e peças nas alturas recomendadas
• peça os papéis das inspecções periódicas obrigatórias: e veja se houve defeitos assinalados que implicaram chumbo
Preços
• compare preços em revistas automóveis
Exterior
• verifique o estado dos vidros: vidro estalados significam infiltrações
• verifique se houve modificações (vulgo tunning): adulterações no motor, na carroçaria, nas rodas, etc... necessitam de homologações pela DGV devidamente assinaladas no livrete
• verifique espelhos retrovisores
• folgas de peças da carroçaria: veja se as uniões são boas pois folgas grandes são sinais de carros acidentados. Confira se as portas e capô fechados se encaixam perfeitamente. O desnível pode indicar que o carro foi batido
• pintura: uma pintura nova pode ser sinal de carro acidentado. Para além disso verifique sinais de corrosão (nem todas as peças da carroçaria são em chapa metálica). Veja num dia de sol, no exterior e a seco. Bolhas na pintura são sinais de ferrugem. Os locais onde mais surge a ferrugem são junto às borrachas, debaixo das portas, por debaixo dos pára-lamas, nas arestas inferiores da carroçaria e nas bordas das tampas do capô do motor e bagageira. Carros encerados podem esconder defeitos
• verifique estado dos pneus: desgastes irregulares nos pneus podem indicar problemas com a suspensão, falta de alinhamento ou balanceamento das rodas
• verifique a carroçaria: veja as moças e riscos e faça o teste do íman
• verifique o rolamento: com o carro suspenso, pressione cada roda para dentro e para fora. Se houver folga, isso indica que o rolamento está gasto, devendo ser regulado ou trocado
• teste o amortecedor
• verifique estado dos faróis: ópticas baças, amareladas, e com rachas são sinal de queimadas pelo sol e com possíveis infiltrações. Verifique também as vedações vulcanizadas
Mecânica
• verifique o estado dos travões: trave normalmente o carro. Se houver ruídos metálicos, as pastilhas estão gastas. Num lugar plano, trave o veículo soltando as mãos da direcção. Se o carro tiver tendência de virar para um dos lados, é porque há problemas nos travões, na suspensão ou os pneus não estão calibrados correctamente
• teste o carro em estrada: juntamente com um mecânico experiente e esteja atento aos ruídos mecânicos. Para verificar a compressão do motor, reduza a velocidade bruscamente ou desça uma estrada de grande inclinação com a 2ª mudança. A velocidade deve reduzir
• verifique caixa de velocidades: engate todas as marchas e verifique se produzem barulho anormal ou se custam a entrar
• chame um mecânico de confiança: para verificar o estado do motor e de outras peças vitais
• verifique o estado da embraiagem: numa rampa inclinada tente subi-la com a 1ª engrenada e verifique se ouve um arranhar
• confira alinhamentos: se o carro em movimento puxar para um dos lados, está desalinhado. Se em determinadas velocidades houver trepidação no volante, as rodas não estão calibradas
• verifique o óleo: retire a vareta do compartimento do óleo e avalie o seu aspecto quanto ao nível e viscosidade
• verifique o sistema de refrigeração do motor: o líquido visível no depósito de água não deve apresentar sinais de ferrugem nem aspecto oleoso. Os tubos de borracha não devem estar rachados, quebrados ou ressecados
• verifique o filtro de ar
• confira os cabos da ignição: devem estar em bom estado, sem fendas ou rasgões
• verifique a ventoínha: deve girar de maneira uniforme, sem grandes vibrações
• confira a correia: não deve apresentar rachaduras nem deformações. E verifique se chia no inverno em dias de grande humidade de manhã
• confira o travão de mão: numa descida inclinada se não conseguir imobilizar o carro é sinal de travão de mão desafinado
Interior
• verifique peças do habitáculo: palas de protecção solar, bancos
• verifique sistema elétrico
• verifique painel de controlo
• verifique o estado dos pedais
• verifique a estanquidade: confira se há infiltrações
• verifique o estado do equipamento de segurança: airbags, ABS, ESP, triângulo, macaco, chave de parafusos, cintos,...
Contrato
• procedimento: alguns estabelecimentos comerciais emitem na nota ou no recibo de compra e venda a expressão "o cliente ao assinar este contrato assume que o veiculo se encontra em bom estado de conservação". Não se comprometa antes de verificar o veículo. O consumidor deve exijir que sejam incluidos no contrato todos os defeitos de mecânica e chapa.
Quanto mais informado estiver, melhor para si.
Uns dão mais importância à estética do que outros, mas ninguém lhe fica indiferente.
Na hora da decisão é um factor que pode pesar.
No entanto a estética não é tudo. "La beleza non basta". Está provado que carros com estética menos apelativa não vingam. A receita é simples. Um cliente que adora o seu Alfa Romeo não se importa com as avarias e trata o carro com carinho. Já se fosse um carro mais feio a paciência seria outra.
Emoção e razão devem ser ponderados e pesados devidamente pois a compra de um automóvel é sempre um acto dispendioso e a decisão certa evita futuros dissabores. Quer seja novo ou usado pense nos factores que deve ter em conta antes da compra.
As dicas mais básicas:
1 - Avalie as necessidades no momento e no futuro
Normalmente, o veículo será para utilizar durante alguns anos e, por isso, deve pensar-se também no futuro e nos planos que possa, eventualmente, ter nos próximos anos. Por exemplo, constituir família, ter filhos, o aumento dos combustíveis, combustíveis alternativos, etc. Assim, mais importante do que procurar o que quer, o consumidor deverá ter a noção exacta do que realmente precisa.
2 - Tenha em conta o tipo de utilização
Condução urbana, extra urbana ou mista, ou ainda o número de quilómetros que fará anualmente. Estes são alguns critérios que deve ter em conta. Caso faça muitos quilómetros em cidade a melhor opção será a compra de um veículo com menores consumos e combustíveis mais baratos, ou até alternativos (híbridos, eléctricos). No entanto, se prevê fazer muito quilómetros diários, as opções a diesel poderão ser uma melhor opção.
3 - Custos de manutenção
Opte por um veículo cujos custos de manutenção estejam dentro do seu orçamento. Dois carros podem ter o mesmo preço de comprar, mas custos de manutenção muito díspares. O melhor modelo é sempre o que tem melhor qualidade e a tecnologia mais evoluída. Bons materiais e acabamentos são garantia de uma maior longevidade. E a tecnologia dá os outros valores essenciais da equação: economia e segurança, fundamentalmente.
4 - Quanto tempo quer ter o carro
Pondere sobre o tempo que quer manter o veículo em sua posse. No caso de pensar em vender o automóvel poucos anos após a compra tenha em atenção as marcas que desvalorizam menos. Se, no entanto, pretender ficar com o veículo por muitos anos o factor desvalorização torna-se menos preponderante no acto da compra.
5 - Atenção ao Crédito
As limitações do crédito ao consumo têm aumentado. A maior parte dos concessionários têm vindo a reforçar a oferta de múltiplas soluções. Ao nível das taxas praticadas entre os bancos e um financiamento intermediado por um concessionário existe pouca diferença. Por exemplo, a Renault através da RCI Banque, tem um produto financeiro de crédito dedicado aos particulares intitulado "Cash Back" com o apoio à entrada inicial do cliente (que pode chegar até aos 2.800 euros) o que reduz significativamente o capital financiado. A taxa média deste produto ronda os 7,5%, mas com o apoia à entrada, poderá atingir valores negativos.
Viaturas novas
• cor: verifique o carro no exterior, pois a iluminação artificial nos stands pode alterar a percepção da cor
• estética: decididamente tem um peso grande mas não se deixe levar por modas
• plásticos: um carro com muitos plásticos é uma fonte de ruídos
• fiabilidade mecânica: um bom motor evita-lhe chatices
• consumos: calcule a distância que percorre no dia-a-dia e veja se compensa comprar um diesel ou gasolina ou mesmo um híbrido. E porque não um elétrico? Se anda pouco, os motores modernos a gasolina já consomem menos e são uma melhor opção. Não se deixe levar pelos consumos anunciados pelas marcas pois quase nenhuma consegue dizer a verdade. Umas mentem mais do que outras. Faça um test-drive e averigue você mesmo o consumo em circuito urbano e vias rápidas.
• número de pessoas na família: não seja uma vítima da moda das carrinhas, antigamente as pessoas governavam-se com carros compactos e hoje com uma carrinha acham que o espaço é pouco. Carrinhas são mais pesadas. É vulgar pessoas solteiras terem uma carrinha. São mais difíceis de estacionar na cidade.
• qualidade perceptível dos materiais e da construção: veja se os materiais são bons e se a montagem é garantia de silêncio no interior
• compare ensaios: veja testes em revistas especializadas e compare com outras marcas, pois por vezes surgem modelos que só trazem defeitos. Por mais boa que seja a marca nenhuma está livre disso.
• pintura e união de peças: veja se a pintura é boa e se as uniões são boas. Folgas grandes são sinais de má construção.
• status-quo: não seja uma vítima do status-quo. Opte por escolhas racionais que sejam amigas da sua carteira e não tente passar uma falsa imagem pois pode trazer-lhe dissabores. Marcas de luxo têm revisões mais caras.
• revisões: verifique o preço das revisões
• garantia: verifique qual o número de anos da garantia e a que se refere
• retorno de venda: há certas marcas, cujos seus veículos se desvalorizam mais do que outras. No entanto existem casos de carros clássicos que valem mais do que o seu preço inicial
• cilindrada: carros de cilindrada maior pagam mais imposto, no entanto hoje existem motores de baixa cilindrada com mais potência
• diesel, gasolina ou híbrido: carros sem turbos e compressores são mais simples e passíveis de menos avarias. Os híbridos são sistemas mais complexos
• pneus e jantes: pneus de baixo perfil e de raio grande são mais apelativos mas inadequados para as estradas portuguesas, são passíveis de sofrerem mais furos e empenamentos
• gadgets e extras: esteja atento ao equipamento de série. Um preço baixo pode ser uma ratoeira. Por exemplo a marca Smart vai ao extremo de oferecer carros em que o porta-luvas, o relógio ou o conta-rotações são uma opção
• pneu suplente: nem todas as marcas colocam pneu suplente no porta-bagagens, preferem colocar um pneu para rolamento a baixa velocidade ou o kit de reparação (que tem um prazo de validade)
• altura ao solo: carros baixos têm mais dificuldade em subir passeios, ou entrar em rampas
• tejadilho: tectos de lona são voláteis e sofrem do cancro das infiltrações, portanto próprios para descansarem em garagens cobertas. Os tectos em vidro são vulneráveis aos estilhaços (granizo, pedras...).
• faça um estudo sobre a marca: o historial das marcas ajudam a perceber o nível dos seus produtos
• promoções enganosas: os produtos colocados em anúncios nem sempre têm correspondência com o preço anunciado. É frequente colocar o preço de um carro de base ("a partir de ? euros") e divulgar a imagem de uma versão de gama alta. Esteja atento.
Viaturas usadas
• no stand verifique se é indicado, em local visível, o preço, a matrícula, o número de registos anteriores e o prazo de garantia. Estes elementos são obrigatórios. Se algum faltar, não compre e denuncie no livro de reclamações
• analise a quilometragem do carro. Para um modelo a gasolina são normais 14 a 21 mil km/ano. Já nos modelos a gasóleo o habitual são entre 24 e 31 mil km/ano.
• consulte o livrete do veículo e o título de registo de propriedade ou o Documento Único do Automóvel. Verifique se os dados técnicos coincidem com os do carro e quantos proprietários já teve. No caso de um ligeiro de passageiros com mais de 4 anos, verifique se a inspecção periódica obrigatória foi feita. Analise também se as revisões estão em dia.
• antes de comprar, informe-se do custo aproximado do modelo que pretende
• caso detete defeitos pergunte se serão reparados
Documentos e legalidade
• verifique a legalidade do veículo: não realize a compra sem antes verificar se o veículo é furtado ou tem multas pendentes. A DGV poderá informar sobre a situação do veículo: se houve furto, se existem multas, etc...
• verifique os documentos com cuidado: só aceite documentos originais. Recuse papéis com rasuras ou fotocópias, mesmo autenticadas. Negócios da china podem esconder falsificações. O barato pode sair caro.
• confira o número de chassi: com o capô aberto verifique se o número do chassi que vem gravado perto do motor, no vidro e em vários locais, confere com o que consta no certificado de propriedade do veículo. Os números e letras do chassi e da placa de identificação devem estar alinhados, com os seus espaços regulares e os contornos das letras e números uniformes. Veja se não há sinais de pingos de solda próximos da identificação
• veja o livro de revisões: e verifique se foram feitas mudanças de óleos e peças nas alturas recomendadas
• peça os papéis das inspecções periódicas obrigatórias: e veja se houve defeitos assinalados que implicaram chumbo
Preços
• compare preços em revistas automóveis
Exterior
• verifique o estado dos vidros: vidro estalados significam infiltrações
• verifique se houve modificações (vulgo tunning): adulterações no motor, na carroçaria, nas rodas, etc... necessitam de homologações pela DGV devidamente assinaladas no livrete
• verifique espelhos retrovisores
• folgas de peças da carroçaria: veja se as uniões são boas pois folgas grandes são sinais de carros acidentados. Confira se as portas e capô fechados se encaixam perfeitamente. O desnível pode indicar que o carro foi batido
• pintura: uma pintura nova pode ser sinal de carro acidentado. Para além disso verifique sinais de corrosão (nem todas as peças da carroçaria são em chapa metálica). Veja num dia de sol, no exterior e a seco. Bolhas na pintura são sinais de ferrugem. Os locais onde mais surge a ferrugem são junto às borrachas, debaixo das portas, por debaixo dos pára-lamas, nas arestas inferiores da carroçaria e nas bordas das tampas do capô do motor e bagageira. Carros encerados podem esconder defeitos
• verifique estado dos pneus: desgastes irregulares nos pneus podem indicar problemas com a suspensão, falta de alinhamento ou balanceamento das rodas
• verifique a carroçaria: veja as moças e riscos e faça o teste do íman
• verifique o rolamento: com o carro suspenso, pressione cada roda para dentro e para fora. Se houver folga, isso indica que o rolamento está gasto, devendo ser regulado ou trocado
• teste o amortecedor
• verifique estado dos faróis: ópticas baças, amareladas, e com rachas são sinal de queimadas pelo sol e com possíveis infiltrações. Verifique também as vedações vulcanizadas
Mecânica
• verifique o estado dos travões: trave normalmente o carro. Se houver ruídos metálicos, as pastilhas estão gastas. Num lugar plano, trave o veículo soltando as mãos da direcção. Se o carro tiver tendência de virar para um dos lados, é porque há problemas nos travões, na suspensão ou os pneus não estão calibrados correctamente
• teste o carro em estrada: juntamente com um mecânico experiente e esteja atento aos ruídos mecânicos. Para verificar a compressão do motor, reduza a velocidade bruscamente ou desça uma estrada de grande inclinação com a 2ª mudança. A velocidade deve reduzir
• verifique caixa de velocidades: engate todas as marchas e verifique se produzem barulho anormal ou se custam a entrar
• chame um mecânico de confiança: para verificar o estado do motor e de outras peças vitais
• verifique o estado da embraiagem: numa rampa inclinada tente subi-la com a 1ª engrenada e verifique se ouve um arranhar
• confira alinhamentos: se o carro em movimento puxar para um dos lados, está desalinhado. Se em determinadas velocidades houver trepidação no volante, as rodas não estão calibradas
• verifique o óleo: retire a vareta do compartimento do óleo e avalie o seu aspecto quanto ao nível e viscosidade
• verifique o sistema de refrigeração do motor: o líquido visível no depósito de água não deve apresentar sinais de ferrugem nem aspecto oleoso. Os tubos de borracha não devem estar rachados, quebrados ou ressecados
• verifique o filtro de ar
• confira os cabos da ignição: devem estar em bom estado, sem fendas ou rasgões
• verifique a ventoínha: deve girar de maneira uniforme, sem grandes vibrações
• confira a correia: não deve apresentar rachaduras nem deformações. E verifique se chia no inverno em dias de grande humidade de manhã
• confira o travão de mão: numa descida inclinada se não conseguir imobilizar o carro é sinal de travão de mão desafinado
Interior
• verifique peças do habitáculo: palas de protecção solar, bancos
• verifique sistema elétrico
• verifique painel de controlo
• verifique o estado dos pedais
• verifique a estanquidade: confira se há infiltrações
• verifique o estado do equipamento de segurança: airbags, ABS, ESP, triângulo, macaco, chave de parafusos, cintos,...
Contrato
• procedimento: alguns estabelecimentos comerciais emitem na nota ou no recibo de compra e venda a expressão "o cliente ao assinar este contrato assume que o veiculo se encontra em bom estado de conservação". Não se comprometa antes de verificar o veículo. O consumidor deve exijir que sejam incluidos no contrato todos os defeitos de mecânica e chapa.
Quanto mais informado estiver, melhor para si.
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