"Como retratar o 911 Cabrio sem recurso ao elogio fácil e banal? Podemos procurar-lhe defeitos, ainda que o poder, o vigor sonoro e a eficiência tornem essa missão tremendamente difícil.
Comprava-lhe já um lugar no céu, não fosse o pós-vida reservado a coisas menos mundanas. Mas quem quer saber do céu agora? Só se for para olhar para ele sem capota.
O Cabrio guia-se como o 911 Coupé, com a mesma facilidade, a mesma eficiência. Chega-se depressa a qualquer curva, sai-se dela igualmente depressa, e de repente é tudo tremendamente fácil. A direção quase adivinha o que queremos fazer, a potência facilita o malabarismo e a traseira é um acessório de prazer.
O facto de andar com a capota de lona arrumada na "corcunda" amplifica a sinfonia e, sem querer, estamos viciados na melodia. Configurado em Sport Plus o Cabrio tem reações quase instanâneas: reduz de 7ª para 2ª numa fração de segundo se fizer um "kick-down" decidido e praticamente elimina aquele rolamento de carroçaria que - poderia jurar - nem sequer lá estava antes. Ah, endurece o amortecimento e isso pode ser incómodo no mau piso. Mas quem quer saber do mau piso? Tragam lá essas estradas, com retas e curvas e um dia de primavera para andar com a capota aberta. Para isso é melhor usar o defletor de vento, que torna o ambiente a bordo tolerável até 140 km/h, mas só para dois. Se quisesse trazer companhia nos lugares de trás, os ocupantes levariam com a armação do defletor na cabeça, mesmo que fossem dois irmãos gemeos do anão da Ilha do Tesouro. Mas quem quer saber de levar companhia nos lugares de trás? Ninguem lá cabe em pleno conforto, mesmo. O 911 Cabrio é um exercício de egoísmo, para sentir um pelotão de operações especiais a rugir nas costas, com uma segunda vida depois das 4000 rpm e uma terceira depois das 6000 rpm! ... A propósito, os comandos da PDK são mauzinhos, despropositados até. Parecem comandos de rádio no volante - quaisquer patilhas de plástico fariam melhor serviço. Andar até cansar, em ritmos moderados, marca 15 L/100 km na instrumentação.
Mais de 20 L/100 km marcará, garanto eu, se for em ritmo de cronometragem. Mas quem quer saber dos consumos? Quem paga mais de 130 mil euros não perde tempo com esses "trocos" ...
- preço, patilhas de mudanças no volante
Tracção: traseira
Alimentação: injecção directa, admissão variável
Potência: 350cv às 7400 rpm
Binário: 390 Nm às 5600 rpm
Caixa: PDK 7 velocidades
Velocidade máxima: 284 km/h
Aceleração 0/100 km: 4,8 s
Largura: 1808 mm
Altura: 1299 mm
Peso: 1545 kg
Mala: 135 L
Depósito: 64 L
Extra-urbano: 6,7 L/100km
Combinado: 8,4 L/100km
Emissões CO2: 198g/km
fonte: guia automóvel, junho 2012
Comprava-lhe já um lugar no céu, não fosse o pós-vida reservado a coisas menos mundanas. Mas quem quer saber do céu agora? Só se for para olhar para ele sem capota.
O Cabrio guia-se como o 911 Coupé, com a mesma facilidade, a mesma eficiência. Chega-se depressa a qualquer curva, sai-se dela igualmente depressa, e de repente é tudo tremendamente fácil. A direção quase adivinha o que queremos fazer, a potência facilita o malabarismo e a traseira é um acessório de prazer.
O facto de andar com a capota de lona arrumada na "corcunda" amplifica a sinfonia e, sem querer, estamos viciados na melodia. Configurado em Sport Plus o Cabrio tem reações quase instanâneas: reduz de 7ª para 2ª numa fração de segundo se fizer um "kick-down" decidido e praticamente elimina aquele rolamento de carroçaria que - poderia jurar - nem sequer lá estava antes. Ah, endurece o amortecimento e isso pode ser incómodo no mau piso. Mas quem quer saber do mau piso? Tragam lá essas estradas, com retas e curvas e um dia de primavera para andar com a capota aberta. Para isso é melhor usar o defletor de vento, que torna o ambiente a bordo tolerável até 140 km/h, mas só para dois. Se quisesse trazer companhia nos lugares de trás, os ocupantes levariam com a armação do defletor na cabeça, mesmo que fossem dois irmãos gemeos do anão da Ilha do Tesouro. Mas quem quer saber de levar companhia nos lugares de trás? Ninguem lá cabe em pleno conforto, mesmo. O 911 Cabrio é um exercício de egoísmo, para sentir um pelotão de operações especiais a rugir nas costas, com uma segunda vida depois das 4000 rpm e uma terceira depois das 6000 rpm! ... A propósito, os comandos da PDK são mauzinhos, despropositados até. Parecem comandos de rádio no volante - quaisquer patilhas de plástico fariam melhor serviço. Andar até cansar, em ritmos moderados, marca 15 L/100 km na instrumentação.
Mais de 20 L/100 km marcará, garanto eu, se for em ritmo de cronometragem. Mas quem quer saber dos consumos? Quem paga mais de 130 mil euros não perde tempo com esses "trocos" ...
Prós e contras
+ motor, dinâmica, caixa velocidades- preço, patilhas de mudanças no volante
Mecânica
Motor: Gasolina, traseiro, 6 cilindros opostos, 3436cc, 24 válvulasTracção: traseira
Alimentação: injecção directa, admissão variável
Potência: 350cv às 7400 rpm
Binário: 390 Nm às 5600 rpm
Caixa: PDK 7 velocidades
Prestações
Relação peso / potência: 4,41 kg/cvVelocidade máxima: 284 km/h
Aceleração 0/100 km: 4,8 s
Dimensões
Comprimento: 4491 mmLargura: 1808 mm
Altura: 1299 mm
Peso: 1545 kg
Mala: 135 L
Depósito: 64 L
Consumos
Urbano: 11,6 L/100kmExtra-urbano: 6,7 L/100km
Combinado: 8,4 L/100km
Emissões CO2: 198g/km
Preço
131 091 euros"fonte: guia automóvel, junho 2012
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