"Duas vezes 200.000 km foi a distância percorrida neste teste comparativo entre o Opel Astra 1.9 versão diesel e o VW Golf V 1.4 versão gasolina.
No duelo com o VW Golf, o Opel Astra tem sempre dificuldade em impor-se. É assim nos confrontos comuns e, pelos vistos, também nos testes de muito longa duração. Neste teste ficou demonstrado que o Astra continua a ser excelente ... alternativa ao seu congénere rival.
O design do Astra é mais apelativo, mais afoito que o do Golf, a qualidade de construção da carroçaria, a mecânica eficaz e a fiabilidade a longo prazo. Pena é que pequenos defeitos em materiais provenientes de fornecedores externos à Opel ensombrem um pouco a prestação global, ainda assim muito positiva, deste corredor de undo. De futuro, a Opel tem de reclamar com os seus fornecedores...
De outro modo, o Astra atingiria o zénite! Ou seja, estaria em condições de vencer o Golf. Comparando com as gerações anteriores do Astra/ Kadett, o modelo H, produzido nas instalações de Bochum desde 2004, representa enorme avanço qualitativo! Principalmente pela solidez dos materiais no habitáculo e a protecção da carroçaria contra a ferrugem.
Quando o Golf 1.4 entrou ao serviço deste teste de longa duração havia uma aura de cepticismo generalizada.
Será que este modelo herdava os problemas do antigo? Será que vai ter novamente os típicos problemas da VW, com os sensores de medição da massa de ar (na mistura de combustão com a gasolina) a entrarem em colapso, os motores congelados e os elevadores dos vidros eternamente defeituosos? Será que, no final do longo teste, iríamos ter o mesmo resultado desastroso do monovolume Touran?
Nada disso! Este Golf comportou-se como um relógio suíço, mesmo às 200.000 badaladas. Com excepção de um par de defeitos relacionados com a estética (ou melhor, a qualidade) das superfícies interiores, pouco há a criticar no automóvel que tem marcado gerações de condutores. A VW parece ter aprendido com os erros do passado. A evolução positiva do seu modelo mais representativo e comercializado comprova-se pela ascensão - lenta é certo ... - da marca nos índices de confiança do cliente dos principais estudos internacionais.
Apesar das ocorrências diferentes que afectaram estes dois automóveis nos quatro anos em que decorreu o teste de longa duracão, afinal feitas as contas aos custos que implica ser proprietário de um destes automóveis durante 200.000 km, as versões Astra e Golf em análise equivalem-se. No somatório das despesas (na Alemanha, onde decorreu o teste), com manutenção, reparações, cornbustível e impostos, o VW tem custo por km apenas um cêntirno mais baixo que o do Opel.
O comportamento do Astra em estrada torna-se mais eficaz e desportivo com sistema de chassis IDS Plus, de série nas versões mais equipadas. Os materiais do habitáculo são resistentes ao desgaste da utilização.
O local da reunião final sobre as conclusões do teste de longa duração ao Astra 1.9 CDTI foi bem escolhido: o hall de entrada do museu da fábrica da Opel, em Russelsheim, onde estão expostos modelos memoráveis como os Olympia, Rekord ou Kapitan, lado-a-lado com Kadett, Ascona e Commodore, entre outros. Alguns ostentam orgulhosamente autocolante afixado no vidro traseiro que diz: "Opel de confiança". Assim foi ... no passado, como será no presente?
O Opel utilizado neste teste também mereceu essa honrosa distinção, ainda que não ficasse imune a algumas contingências. Por altura do balanço intermédio (100.000 krn), o Astra 1.9 CDTI surpreendia pela fiabilidade, mas muito havia a percorrer (e a provar) para que o Opel dos tempos modernos conquistasse a coroa de louros aos 200.000 km.
No final do teste saiu-se a preceito e revelou ser automóvel para, nos próximos 20 a 30 anos, ser relembrado pelos bons serviços prestados à Opel e a muitos milhares de automobilistas.
Na segunda parte deste exame de longa duração, o Astra Diesel manteve-se fiel aos méritos conquistados na primeira etapa e à herança dos seus antecessores. Quem o conduziu elogiou a robustez de construção, a qualidade perceptível e a dinâmica eficaz da versão 1.9 CDTI de 120 cv. Até muito póximo dos 200.000 km, o Astra não registou problemas preocupantes. Apenas ligeiras anomalias eléctricas.
A lâmpada do farol dianteiro do lado direito insistia em fundir e teve de ser substituída três vezes em 30.000 km. Aos 170.000 km, uma passagem escrita no diário de bordo do teste elogiava a prestação do Opel: «Tudo óptimo. Até agora melhor que o Golf. Só o capot teimava em não fechar à primeira ...
Motor calou-se aos 186.369km
No entanto, pouco antes do final do teste, o Astra cometeu verdadeiro suicídio, incorrendo em pecado mortal que o atirou irremediavelmente para trás do VW no índice de credibilidade: deixou de funcionar! Precisamente aos 186.369 km, o motor entrou em greve. A origem da avaria foi peça simples e barata: sensor de árvore de cames defeituoso não permitia que o motor de quatro cilindros trabalhasse. O Astra foi imediatamente para a oficina e fê-lo de maneira muito pouco elegante - de reboque.
Já antes se ouviam fortes batidas debaixo do capot, causadas por estragos na correia de transmissão do compressor da climatização. Desta vez, a reparação foi dispendiosa.
A cabeça de um dos cilindros também não permaneceu imaculada. Devido à perda de água de refrigeração, a oficina da Opel examinou a peça, substituiu os vedantes (duas vezes) e as correias e reparou a conduta de admissão. As pás do turbo estavam obstruídas, prejudicando a recirculação dos gases de escape. Feitas as reparações, motor e transmissão estavam aptos para mais 100.000 km.
O habitáculo apresentou-se em boa forma, sem sinais de desgaste, e a çarroçaria isenta de pontos de ferrugem. No cômputo geral, o Astra tem balanço positivo, apesar dos referidos pequenos problemas...
Reparações e anomalias
● Km 112.265
A cabeca óptica do leitor de CD's avariou- se. Fez-se silêncio. A reparação deste problema foi radical: substituiu-se o leitor de CD completo. Felizmente, a garantia serviu...
● Km 148.046
Substituição prevista da correia da distribuicão mas teve de ser extensível ao rolo tensor. Além desta operação, foram trocadas as pastilhas dos travões que duraram bastante
● Km 170.084
Avaria complicada, obriga a reparacão do compressor do sistema de climatizacão. Quase dois milhares de euros de despesa. A vantagem foi o ar condicionado passar a trabalhar melhor do que quando o carro era novo...
● Km 182.910
Devido à perda de líquido de refrigeracão, a cabeca do cilindro foi desmontada, examinada, e os vedantes substituídos. O tubo de admissão também teve o mesmo destino devido a defeito no controlo das pás do turbo
● Km 186.369
Sensor da árvore de cames defeituoso afectou a ignicão
● Funcionamento irregular do fecho do capot
● O revestimento da cava da roda do pneu traseiro direito soltou-se sobre o pneu. O vedante da tampa do depósito estava danificada devido ao derrame de gasóleo
O que diz a Opel
● Sobre o frequente mau funcionamento das lâmpadas dos faróis
«Possívelmente, o reparador oficial não seguiu as especificacões da marca para a substituicão de lâmpadas e utiliza peças de menor qualidade»
● Sobre o mau funcionamento do leitor de CD's
«O problema foi recorrente. O fornecedor comunicou-nos ter tido problemas com a cabeca de leitura óptica»
● Sobre o compressor da climatizacão defeituoso
«Não temos conhecimento de defeitos nos compressores de climatizacão»
● Sobre a avaria que originou descontrolo das pás do turbo
«Infelizmente também é defeito nosso conhecido. Através do desajuste do fluxo de admissão de partículas, o controlo dos gases falha. Desde o início de 2007 que se utiliza peça de melhor qualidade»
● Sobre a perda de líquido de refrigeração
«Não há registo dessa ocorrência. Parece tratar-se de caso isolado»
Tabela de prestações
Local de «trabalho» exemplar. No VW Golf todos os comandos (também não são muitos ... ) estão em posição correcta. Os três botões rotativos de regulação da ventilação já são quase clássicos.
Há pessoas que não se desfazem do seu automóvel antes de este chegar ao fim de vida. Não se importam com o passar de moda e desistem da sua viatura apenas depois de ultrapassar a mítica barreira de 200.000 km e após muitos anos de intensa utilização. Nessa altura termina a empatia. Começam a não suportar os ruídos parasitas, as batidas secas das suspensões, os bancos coçados e as sucessivas avarias.
Os testes de longa duração superiores a 100.000 km, revelam importantes indícios de como os automóveis que compramos se comportarão em idade avançada. No VW Golf 1.4 foram caso sério de descobrir ... Este automóvel reaviva virtudes da VW já consideradas esquecidas: andou que se fartou, quase sem sinais de fadiga. Suspensão, direcção e transmissão ainda pareciam novos, ao fim de mais de 100.000 km. Ou seja, a meio do teste o Golf apresentava-se em condições quase perfeitas. Todavia, mesmo considerando estes louvores, seria previsível que na segunda metade do exame, com o acumular dos quilómetros e utilização mais intensiva, o VW começasse a acusar o desgaste. Decidimos atormentá-lo: 200.000 km deviam ser suficientes para algo correr mal.
Puro engano ... Aliás, o Golf absorveu melhor a segunda parte do teste que a primeira, quando algumas falhas chegaram a provocar transtorno como as constantes avarias do sensor da ventoínha de refrigeração e alguns parafusos desgastados. No cômputo geral, foi parceiro confiável. No final, já o tínhamos guardado num cantinho do coração e a prevista separação foi um pouco dolorosa. Obviamente, todos conhecemos automóveis mais arrebatadores que um VW Golf com motor a gasolina de 75 cv. Mas talvez seja essa sobriedade a sua maior virtude. Embora longe de ser entusiamante, não é indiferente a quem o conduz. Mesmo a quem está habituado a carros de outras galáxias.
"É sempre agradável conduzir o Golf", lê-se no diário de bordo ao km 138.912. "O único ruído vem do molho de chaves no porta-luvas". O comportamento dinâmico também foi motivo de elogio, tal como o mecanismo de direcção preciso e os bancos e amortecedores, sempre confortáveis.
Pacífico sem grandes problemas
O ruído de rolamento também se manteve dentro dos limites considerados aceitáveis, se excluirmos o modesto motor 1.4, sonoro quando a fundo. O segredo do sucesso é simples: não dá problemas, mesmo esgotado o prazo de validade. O facto de o Golf ter desempenhado bem as funções surpreendeu, considerando ser unidade da primeira série de produção, sendo previsíveis os problemas de juventude.
Um desses defeitos acabou por apanhá-lo: camadas finas da pintura nalgumas zonas do revestimento das portas - mais do lado do acompanhante - começaram a desprender-se e, no final do teste, tinham o aspecto sórdido de materiais baratos. A VW diz que, entretanto, conseguiu resolver o problema. Pelo menos, indentificou a sua origem: disse a marca que a culpa é dos cosméticos que os passageiros (a maioria mulheres) utilizam nas mãos...
Reparações e anomalias
● Problema evitável mediante manutenção: mais cuidada, a ferrugem que se formou nos travões das portas não é bonita
● Obra do tempo: corrosão na moldura do radiador do motor
● O estofo de espuma em redor do módulo do «airbag» lateral instalado no banco do condutor está danificado. As arestas aguçadas do módulo, em plástico, pressionam a espuma a partir do interior, degradando-a
● O módulo de ignição do terceiro cilindro está oxidado. Consequência: compressão do motor ligeiramente inferior na medição final, embora sem constituir problema
● Km 126.430
Depois de vários avisos de mau funcionamento no computador de bordo, a ventoinha do radiador foi substituída ... duas vezes
● Km 162.875
A lâmpada do farol do lado direito foi substituída
● Km 167.614
Inspeccão geral com teste de emissões de gases. O Golf teve de se submeter a revisão devido a estrago no tubo de escape. O tubo de escape estava danificado. Causa externa: uma pedra
● Km 198.011
Após aumento significativo de ruído proveniente da roda dianteira do lado direito, o cubo teve de ser substituído. Após 200.000 km, não é grave
O que diz a Volkswagen
● Sobre os problemas constantes na ventoínha do radiador
«O problema foi detectado rapidamente, mas exigiu bastante tempo até encontrarmos uma solucão alternativa óptima. Esta solucão ainda não estava disponível por ocasião da primeira reparação do Golf, por isso foi colocada uma ventoínha que ainda correspondia aos padrões de producão originais»
● Sobre os vestígios de desgaste graves no habitáculo
«Os aditivos nos produtos cosméticos utlizados para as mãos constituem grande problema, ja conhecido na VW. Estes produtos atacam os materiais. Desde então, a VW trabalha com ainda mais empenho para encontrar solucão de revestimento que resista melhor a este tipo de agressões»"
Tabela de prestações
fonte: autofoco, junho 2008
No duelo com o VW Golf, o Opel Astra tem sempre dificuldade em impor-se. É assim nos confrontos comuns e, pelos vistos, também nos testes de muito longa duração. Neste teste ficou demonstrado que o Astra continua a ser excelente ... alternativa ao seu congénere rival.
O design do Astra é mais apelativo, mais afoito que o do Golf, a qualidade de construção da carroçaria, a mecânica eficaz e a fiabilidade a longo prazo. Pena é que pequenos defeitos em materiais provenientes de fornecedores externos à Opel ensombrem um pouco a prestação global, ainda assim muito positiva, deste corredor de undo. De futuro, a Opel tem de reclamar com os seus fornecedores...
De outro modo, o Astra atingiria o zénite! Ou seja, estaria em condições de vencer o Golf. Comparando com as gerações anteriores do Astra/ Kadett, o modelo H, produzido nas instalações de Bochum desde 2004, representa enorme avanço qualitativo! Principalmente pela solidez dos materiais no habitáculo e a protecção da carroçaria contra a ferrugem.
Quando o Golf 1.4 entrou ao serviço deste teste de longa duração havia uma aura de cepticismo generalizada.
Será que este modelo herdava os problemas do antigo? Será que vai ter novamente os típicos problemas da VW, com os sensores de medição da massa de ar (na mistura de combustão com a gasolina) a entrarem em colapso, os motores congelados e os elevadores dos vidros eternamente defeituosos? Será que, no final do longo teste, iríamos ter o mesmo resultado desastroso do monovolume Touran?
Nada disso! Este Golf comportou-se como um relógio suíço, mesmo às 200.000 badaladas. Com excepção de um par de defeitos relacionados com a estética (ou melhor, a qualidade) das superfícies interiores, pouco há a criticar no automóvel que tem marcado gerações de condutores. A VW parece ter aprendido com os erros do passado. A evolução positiva do seu modelo mais representativo e comercializado comprova-se pela ascensão - lenta é certo ... - da marca nos índices de confiança do cliente dos principais estudos internacionais.
Apesar das ocorrências diferentes que afectaram estes dois automóveis nos quatro anos em que decorreu o teste de longa duracão, afinal feitas as contas aos custos que implica ser proprietário de um destes automóveis durante 200.000 km, as versões Astra e Golf em análise equivalem-se. No somatório das despesas (na Alemanha, onde decorreu o teste), com manutenção, reparações, cornbustível e impostos, o VW tem custo por km apenas um cêntirno mais baixo que o do Opel.
Opel Astra 1.9 CDTI diesel: faltou fôlego nos últimos quilómetros
O comportamento do Astra em estrada torna-se mais eficaz e desportivo com sistema de chassis IDS Plus, de série nas versões mais equipadas. Os materiais do habitáculo são resistentes ao desgaste da utilização.
O local da reunião final sobre as conclusões do teste de longa duração ao Astra 1.9 CDTI foi bem escolhido: o hall de entrada do museu da fábrica da Opel, em Russelsheim, onde estão expostos modelos memoráveis como os Olympia, Rekord ou Kapitan, lado-a-lado com Kadett, Ascona e Commodore, entre outros. Alguns ostentam orgulhosamente autocolante afixado no vidro traseiro que diz: "Opel de confiança". Assim foi ... no passado, como será no presente?
O Opel utilizado neste teste também mereceu essa honrosa distinção, ainda que não ficasse imune a algumas contingências. Por altura do balanço intermédio (100.000 krn), o Astra 1.9 CDTI surpreendia pela fiabilidade, mas muito havia a percorrer (e a provar) para que o Opel dos tempos modernos conquistasse a coroa de louros aos 200.000 km.
No final do teste saiu-se a preceito e revelou ser automóvel para, nos próximos 20 a 30 anos, ser relembrado pelos bons serviços prestados à Opel e a muitos milhares de automobilistas.
Na segunda parte deste exame de longa duração, o Astra Diesel manteve-se fiel aos méritos conquistados na primeira etapa e à herança dos seus antecessores. Quem o conduziu elogiou a robustez de construção, a qualidade perceptível e a dinâmica eficaz da versão 1.9 CDTI de 120 cv. Até muito póximo dos 200.000 km, o Astra não registou problemas preocupantes. Apenas ligeiras anomalias eléctricas.
A lâmpada do farol dianteiro do lado direito insistia em fundir e teve de ser substituída três vezes em 30.000 km. Aos 170.000 km, uma passagem escrita no diário de bordo do teste elogiava a prestação do Opel: «Tudo óptimo. Até agora melhor que o Golf. Só o capot teimava em não fechar à primeira ...
Motor calou-se aos 186.369km
No entanto, pouco antes do final do teste, o Astra cometeu verdadeiro suicídio, incorrendo em pecado mortal que o atirou irremediavelmente para trás do VW no índice de credibilidade: deixou de funcionar! Precisamente aos 186.369 km, o motor entrou em greve. A origem da avaria foi peça simples e barata: sensor de árvore de cames defeituoso não permitia que o motor de quatro cilindros trabalhasse. O Astra foi imediatamente para a oficina e fê-lo de maneira muito pouco elegante - de reboque.
Já antes se ouviam fortes batidas debaixo do capot, causadas por estragos na correia de transmissão do compressor da climatização. Desta vez, a reparação foi dispendiosa.
A cabeça de um dos cilindros também não permaneceu imaculada. Devido à perda de água de refrigeração, a oficina da Opel examinou a peça, substituiu os vedantes (duas vezes) e as correias e reparou a conduta de admissão. As pás do turbo estavam obstruídas, prejudicando a recirculação dos gases de escape. Feitas as reparações, motor e transmissão estavam aptos para mais 100.000 km.
O habitáculo apresentou-se em boa forma, sem sinais de desgaste, e a çarroçaria isenta de pontos de ferrugem. No cômputo geral, o Astra tem balanço positivo, apesar dos referidos pequenos problemas...
Reparações e anomalias
● Km 112.265
A cabeca óptica do leitor de CD's avariou- se. Fez-se silêncio. A reparação deste problema foi radical: substituiu-se o leitor de CD completo. Felizmente, a garantia serviu...
● Km 148.046
Substituição prevista da correia da distribuicão mas teve de ser extensível ao rolo tensor. Além desta operação, foram trocadas as pastilhas dos travões que duraram bastante
● Km 170.084
Avaria complicada, obriga a reparacão do compressor do sistema de climatizacão. Quase dois milhares de euros de despesa. A vantagem foi o ar condicionado passar a trabalhar melhor do que quando o carro era novo...
● Km 182.910
Devido à perda de líquido de refrigeracão, a cabeca do cilindro foi desmontada, examinada, e os vedantes substituídos. O tubo de admissão também teve o mesmo destino devido a defeito no controlo das pás do turbo
● Km 186.369
Sensor da árvore de cames defeituoso afectou a ignicão
● Funcionamento irregular do fecho do capot
● O revestimento da cava da roda do pneu traseiro direito soltou-se sobre o pneu. O vedante da tampa do depósito estava danificada devido ao derrame de gasóleo
O que diz a Opel
● Sobre o frequente mau funcionamento das lâmpadas dos faróis
«Possívelmente, o reparador oficial não seguiu as especificacões da marca para a substituicão de lâmpadas e utiliza peças de menor qualidade»
● Sobre o mau funcionamento do leitor de CD's
«O problema foi recorrente. O fornecedor comunicou-nos ter tido problemas com a cabeca de leitura óptica»
● Sobre o compressor da climatizacão defeituoso
«Não temos conhecimento de defeitos nos compressores de climatizacão»
● Sobre a avaria que originou descontrolo das pás do turbo
«Infelizmente também é defeito nosso conhecido. Através do desajuste do fluxo de admissão de partículas, o controlo dos gases falha. Desde o início de 2007 que se utiliza peça de melhor qualidade»
● Sobre a perda de líquido de refrigeração
«Não há registo dessa ocorrência. Parece tratar-se de caso isolado»
Tabela de prestações
Volkswagen Golf 1.4 gasolina: sobriedade é valor acrescentado
Local de «trabalho» exemplar. No VW Golf todos os comandos (também não são muitos ... ) estão em posição correcta. Os três botões rotativos de regulação da ventilação já são quase clássicos.
Há pessoas que não se desfazem do seu automóvel antes de este chegar ao fim de vida. Não se importam com o passar de moda e desistem da sua viatura apenas depois de ultrapassar a mítica barreira de 200.000 km e após muitos anos de intensa utilização. Nessa altura termina a empatia. Começam a não suportar os ruídos parasitas, as batidas secas das suspensões, os bancos coçados e as sucessivas avarias.
Os testes de longa duração superiores a 100.000 km, revelam importantes indícios de como os automóveis que compramos se comportarão em idade avançada. No VW Golf 1.4 foram caso sério de descobrir ... Este automóvel reaviva virtudes da VW já consideradas esquecidas: andou que se fartou, quase sem sinais de fadiga. Suspensão, direcção e transmissão ainda pareciam novos, ao fim de mais de 100.000 km. Ou seja, a meio do teste o Golf apresentava-se em condições quase perfeitas. Todavia, mesmo considerando estes louvores, seria previsível que na segunda metade do exame, com o acumular dos quilómetros e utilização mais intensiva, o VW começasse a acusar o desgaste. Decidimos atormentá-lo: 200.000 km deviam ser suficientes para algo correr mal.
Puro engano ... Aliás, o Golf absorveu melhor a segunda parte do teste que a primeira, quando algumas falhas chegaram a provocar transtorno como as constantes avarias do sensor da ventoínha de refrigeração e alguns parafusos desgastados. No cômputo geral, foi parceiro confiável. No final, já o tínhamos guardado num cantinho do coração e a prevista separação foi um pouco dolorosa. Obviamente, todos conhecemos automóveis mais arrebatadores que um VW Golf com motor a gasolina de 75 cv. Mas talvez seja essa sobriedade a sua maior virtude. Embora longe de ser entusiamante, não é indiferente a quem o conduz. Mesmo a quem está habituado a carros de outras galáxias.
"É sempre agradável conduzir o Golf", lê-se no diário de bordo ao km 138.912. "O único ruído vem do molho de chaves no porta-luvas". O comportamento dinâmico também foi motivo de elogio, tal como o mecanismo de direcção preciso e os bancos e amortecedores, sempre confortáveis.
Pacífico sem grandes problemas
O ruído de rolamento também se manteve dentro dos limites considerados aceitáveis, se excluirmos o modesto motor 1.4, sonoro quando a fundo. O segredo do sucesso é simples: não dá problemas, mesmo esgotado o prazo de validade. O facto de o Golf ter desempenhado bem as funções surpreendeu, considerando ser unidade da primeira série de produção, sendo previsíveis os problemas de juventude.
Um desses defeitos acabou por apanhá-lo: camadas finas da pintura nalgumas zonas do revestimento das portas - mais do lado do acompanhante - começaram a desprender-se e, no final do teste, tinham o aspecto sórdido de materiais baratos. A VW diz que, entretanto, conseguiu resolver o problema. Pelo menos, indentificou a sua origem: disse a marca que a culpa é dos cosméticos que os passageiros (a maioria mulheres) utilizam nas mãos...
Reparações e anomalias
● Problema evitável mediante manutenção: mais cuidada, a ferrugem que se formou nos travões das portas não é bonita
● Obra do tempo: corrosão na moldura do radiador do motor
● O estofo de espuma em redor do módulo do «airbag» lateral instalado no banco do condutor está danificado. As arestas aguçadas do módulo, em plástico, pressionam a espuma a partir do interior, degradando-a
● O módulo de ignição do terceiro cilindro está oxidado. Consequência: compressão do motor ligeiramente inferior na medição final, embora sem constituir problema
● Km 126.430
Depois de vários avisos de mau funcionamento no computador de bordo, a ventoinha do radiador foi substituída ... duas vezes
● Km 162.875
A lâmpada do farol do lado direito foi substituída
● Km 167.614
Inspeccão geral com teste de emissões de gases. O Golf teve de se submeter a revisão devido a estrago no tubo de escape. O tubo de escape estava danificado. Causa externa: uma pedra
● Km 198.011
Após aumento significativo de ruído proveniente da roda dianteira do lado direito, o cubo teve de ser substituído. Após 200.000 km, não é grave
O que diz a Volkswagen
● Sobre os problemas constantes na ventoínha do radiador
«O problema foi detectado rapidamente, mas exigiu bastante tempo até encontrarmos uma solucão alternativa óptima. Esta solucão ainda não estava disponível por ocasião da primeira reparação do Golf, por isso foi colocada uma ventoínha que ainda correspondia aos padrões de producão originais»
● Sobre os vestígios de desgaste graves no habitáculo
«Os aditivos nos produtos cosméticos utlizados para as mãos constituem grande problema, ja conhecido na VW. Estes produtos atacam os materiais. Desde então, a VW trabalha com ainda mais empenho para encontrar solucão de revestimento que resista melhor a este tipo de agressões»"
Tabela de prestações
fonte: autofoco, junho 2008
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