Chevrolet Volt (2012)

O novo Chevrolet Volt é um carro futurista, fazendo lembrar o estilo de design do Honda Civic. Marca a entrada da GM no mundo dos carros eléctricos. Este carro, ao contrário dos 100% eléctricos, tem um motor de combustão como extensor de autonomia que permite percorrer 500km.

"Poderia ser apenas mais um carro eléctrico. Mas o Volt chegou com ambições mais elevadas: tornar os eléctricos numa verdadeira opção, alargando a autonomia até 500 km graças a um extensor a gasolina. Algo que faz com agilidade e sem ruído. Pelo menos fora do pára-arranca.
Liga-se o carro e ouve-se um som que parece saído de um filme de ficção científica. Depois, nada. O silêncio é a nota dominante do Volt da Chevrolet, que marcou uma das primeiras incursões da General Motors no segmento dos eléctricos. Mas o Volt não é apenas um eléctrico: embora todo o seu funcionamento se baseie neste modo - mesmo quando a sua bateria acusa o descarregamento, a unidade eléctrica continua a funcionar -, beneficia de um motor gerador, a gasolina, que lhe garante autonomia até aos 500 km.

E o consumo de combustível costuma manter-se dentro de níveis aceitáveis para um modelo deste tamanho. Razões que levaram a que o sistema de extensão de autonomia, que também equipa o Opel Ampera, tenha sido recentemente eleito Motor Verde do Ano (Chevrolet Volt e Opel Ampera foram também eleitos, em conjunto, Carro do Ano internacional).
Há, aliás, qualquer coisa de viciante nesta coisa de ir observando consumos - no caso, dir-se-ia antes não consumos. E tentando quebrar recordes. Nem é difícil. Com as baterias carregadas, representadas pelo desenho de uma pilha com carga verde; depressa se compreende como a inércia funciona a nosso favor. Desacelerar e travar torna-se quase uma obsessão. É que, de cada vez que se opta por uma daquelas acções, vê-se a pilha a recarregar. E os quilómetros de autonomia verde a subirem. 67. Foi esse o máximo conseguido - a marca avança com uma autonomia eléctrica garantida de 56 km (a versão de 2013 chegará com 61 km).

Ainda que, depois de esgotada a pilha e iniciado o uso do modo de combustão, de vez em quando o sistema volte a disponibilizar alguma energia acumulada (pouca, mas o ecrã a verde torna-se sempre mote para alguma animação). "Olha, olha! Está outra vez em eléctrico." E é aí que se redobram cuidados.
A verdade é que o carro, em modo eléctrico, é tão, mas tão silencioso que depressa se percebe como os outros veículos em circulação não dão por ele. "Mas donde é que este saiu?", parecem perguntar ao verem-se ultrapassados. Mas não há regra sem excepção. E esta sente-se, sobretudo, no pára-arranca citadino, sempre que o motor de combustão interna é chamado a alimentar a bateria. Nessas situações, o ruído invade o habitáculo. O que, depois de habituados ao silêncio, deixa um travo amargo.

O certo é que, com ou sem barulho, por onde quer que passa chama a atenção, atraindo olhares nada discretos e várias interpelações de estranhos, curiosos por este novo sistema: "Aguenta mesmo 500 km?". Em andamento também não é raro sentirmo-nos observados. Não é que este Volt seja uma máquina de velocidade: não vai além dos 160 km/h. Mas o poder de aceleração - dos 0 aos 100 km/h em 9s - aliado ao facto de revelar um binário instantâneo do propulsor eléctrico de 370 Nm, permite colocar-se entre os mais ágeis. Mais ainda quando os ventos cruzados atrapalham os veículos mais altos, enquanto o Volt passa ileso.
Para mais, o seu desempenho ajusta-se a diferentes modos: económico em modo normal, agressivo em modo desportivo, possante em modo montanha ou inteligente em Hold. Este último permite não usar a carga eléctrica, poupando-a para ser utilizada em determinadas circunstâncias - no nosso caso.

Verificados os desempenhos, o conforto não se deixa ficar atrás. Com estofos em pele e consola central assim como acabamentos das portas em lacado (em branco, contrastando de forma elegante com o preto das peles ou da carroçaria), o carro é cómodo ao corpo e agradável ao toque. Depois há espaço. Para esticar as pernas, para esticar braços (apesar de os mais altos baterem com a cabeça no tecto, atrás). O que se torna mais importante quando se opta por longas distâncias. Já a bagageira vê-se reduzida pela inclusão das baterias. Não permite carregar nada de grandes dimensões, mas ainda assim serve para transportar a bagagem de fim-de-semana dos quatro passageiros (com os bancos rebatidos a capacidade de carga chega aos mil litros).

Prós e contras
+ economia, conforto, equipamento, aparência exterior e interior
- tempo de carregamento das baterias, painel demasiado sensível ao toque, ruído do motor de combustão, preço

Mecânica
Motor eléctrico: 16 kWh
Potência do motor eléctrico: 150cv
Binário do motor eléctrico: 370 Nm
Bateria do motor eléctrico: Iões de Iítio
Tempo de carregamento do motor eléctrico: 4h em tomada de 230v; 8 a 10h em tomadas de 220v (domésticas)
Motor de combustão (extensão de autonomia): gasolina, dianteiro, 4 cilindros em linha,1398cc, 16 válvulas
Potência do motor de combustão: 86cv às 4800 rpm
Binário do motor de combustão: 130 Nm às 4250 rpm
Alimentaçáo: Unidade de comando eléctrica
Tracção: dianteira

Dimensões
Comprimento: 449,8 cm
Largura: 212,6 cm
Altura: 143,9 cm
Distância entre eixos: 268,5 cm
Peso: 1732 kg
Pneus: 215/55 R17
Capacidade depósito: 35,3 litros
Capacidade mala: 310 litros (1005 com bancos rebatidos)

Prestações
Veloc. Máxima: 160 km/h
Aceleraçáo 0 a 100 km/h: 9s

Consumos
Consumo misto: 1,2 litros/100 km
Emissões CO2: 27 g/km

Preço
a partir de 41.9508"

fonte: público, agosto 2012

2 comentários:

João

Este carro faz lembrar muito o Civic.

914

Com este carro não há o risco de se ficar dependente da autonomia da bateria.

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