Peugeot 107 cvm5 3P (2012)

Versão face lift do Peugeot 107 com alguns retoques, sobressaindo o pára-choques frontal novo de dupla grelha, logotipo sem a moldura em língua e luzes diurnas em led. "Já começa a ser raro acontecer. Entrar num carro e ter a sensação de se ter acabado de entrar num carro. Volante, ignição, alavanca de mudanças. No campo de visão, o único mostrador que nos vai mantendo informados sobre as performances básicas do carro: velocidade, km percorridos, nível do combustivel. E chega.
Não é difícil compreender por isso o preço de acesso com que o renovado Peugeot 107 chegou ao mercado: 10.035€. Por todo o habitáculo, a aposta em materiais económicos é, aliás, evidente - desde os plásticos até aos tecidos dos bancos. E até a carroçaria faz parte do interior, com o metal a deixar-se ver nas portas.

Não se pense porém em tal como um defeito. Se é verdade que a marca francesa parece não ter olhado a meios para poupar custos também é certo que o fez com sentido prático, escolhendo materiais fáceis de limpar, incluindo ainda um sistema áudio CD compatível com MP3 (as versões mais equipadas oferecem também ligação por Bluetooth ou USB). Além do mais, o facto de não existir quase nenhum ruído visual parece tornar maior o pequeno carro - note-se que no banco traseiro só se sentam dois, não tanto pela falta de espaço, mas pela ausência de um terceiro cinto. É um carro para quatro. Apenas a lamentar a ausência de compartimentos fechados para guardar coisas; sobram prateleiras e gavetas que tentam, em vão, suprimir a falta de um porta-luvas (a tampa pode ser adquirida como extra).

Do lado de fora, tudo muda. Já não sobressai nenhuma intenção minimalista. O carro é pequeno (as dimensões mantêm-se), o que na cidade só pode ser uma mais-valia, conseguindo tomar espaços exíguos.
Mas, não obstante o seu tamanho, parece querer dar nas vistas. A começar pelas formas mais arredondadas que vieram dar-lhe uma nova personalidade (e, sobretudo com a edição especial Envy, num piscar de olho ao público feminino).
As maiores mudanças estão na frente: o capô já não é um quase elemento estranho de onde saía um imenso pára-choques. Em vez disso, fecha-se agora sobre aquele que centraliza a placa de matrícula, como no 208. A nova grelha assume maior relevo, exibindo a sua forma em discretos favos de mel, enquanto o leão perdeu a moldura, surgindo incrustado no centro do capot. A traseira, que à primeira vista poderá parecer inalterada, também exibe esse gosto pelas formas arredondadas que permitiu à Peugeot, no global, recriar um 107 de aparência mais suavizada.

Mas as mudanças não se resumem ao mero facelift. Sob a carroçaria também foram introduzidas alterações.
Não que afectem performances - com 68cv num bloco tricilíndrico de 998cc e um binário máximo de 93 Nm às 3600 rpm, é um urbano despachado, com o qual é fácil serpentear pelo trânsito -, mas sobretudo consumos e emissões. De acordo com os dados do construtor, as emissões de CO2 ficam-se pelos 99 g/km, enquanto o consumo caiu para os 4,3 L/100 km (isto com caixa manual; com a caixa pilotada 2-Tronic: emissões de 104 gkm e consumo de 4,5 L/100 km). E nem é difícil cumprir estas marcas: num registo urbano, em que a Peugeot anuncia 5,1 L/100 km, o 107 mostra-se amigo da carteira, qualidade que não é de desprezar.




Mecânica
Motor: gasolina, dianteiro, 3 cilindros, 998cc
Tracção: dianteira
Potência: 68cv às 6000 rpm
Binário: 93 Nm às 3600 rpm
Caixa: Manual, de 5 velocidades

Prestações
Velocidade máxima: 157 km/h
Aceleração 0-100km/h: 12,3s

Consumos
Consumo misto: 4,3 litros/100 km
Emissões CO2: 99 g/km

Preço
10.035€"

fonte: público, agosto 2012

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