A diferença dos motores com turbo em relação aos motores sem turbo reside num maior volume de ar aspirado e comprimido. A tarefa do turbo-compressor é sobrealimentar o motor com uma quantidade de ar comprimida. O resultado é um melhor torque. Os turbos normais ou de geometria fixa (TGF) foram os primeiros a surgirem. Mais tarde apareceram os turbos de geometria variável (TGV) com uma pequena inovação no seu interior.
O turbo de geometria variável usa umas pás internas com uma geometria mais complexa que varia a área de ar admissível, tornando o funcionamento do motor mais suave. O primeiro modelo de produção a usar um TGV foi o americano Shelby CSX-VNT de 1989. Também em 1989 a japonesa Honda usou a mesma tecnologia no Legend. Em 1991 a Fiat iniciou o uso desta tecnologia no Croma. Em 1992 foi a vez da Peugeot no 405 T16.
As pás internas dos TGV estão sujeitas a um desgaste. Tal como as ventoínhas dos computadores, por vezes ficam obstruídas com sujidade e deixam de funcionar correctamente. O resultado traduz-se no sobreaquecimento dos circuitos. Quanto mais simples for a mecânica, mais fiável se torna. A grande vantagem do TGV reside mesmo no trabalhar mais suave do motor e no melhor rendimento.
Mas a inovação tecnológica nem sempre se reflecte numa maior fiabilidade. Algumas marcas estão a optar por usar dois turbos TGF em vez de um com TGV devido aos receios de fiabilidade. Uma das primeiras marcas a usar TGV em motores a gasolina foi a Porsche no 911. O grande desafio foi conceber pás que aguentassem as altas temperaturas.
A vantagem de um carro com turbo em relação a um carro sem turbo traduz-se numa maior economia de consumo e numa resposta mais rápida do motor. No entanto a substituição de um turbo é uma tarefa bastante dispendiosa, seja ele TGF ou TGV. O valor da peça e a mão de obra costumam ser caros. Para evitar uma futura ida à oficina, o ideal é ter um carro que não tenha turbo, ou seja com aspiração natural.
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