
A terceira geração do Renault Twingo veio introduzir um corte com as anteriores gerações. Deixou de ser um "carrinho" para ganhar alma nova e espírito desportivo como é o caso da tracção traseira. Curioso é ter ido buscar inspiração ao longínquo Renault 5, um símbolo da marca francesa. Não é uma pura interpretação retro mas os traços são reconhecíveis Ficou o nome, mudou o formato. Este novo veículo é fruto de uma parceria entre a Renault e a Smart. O lançamento no mercado está previsto para Novembro, precisamente na mesma altura em que chegará o novo Fortwo e o preço arranca nos 11.950€. O novo Twingo parece reunir os ingredientes necessários para conquistar o segmento dos pequenos citadinos.
Em termos estéticos a frente do novo Twingo assemelha-se muito com o Renault 5. As ópticas de formato rectangular (mas com pontas arredondadas) bem como a grelha horizontal são elementos claramente derivados do antigo modelo. O pára-choques é formado por três níveis de grupos ópticos. A grelha inferior rasgada confere mais dinamismo ao modelo. Na lateral sobressaem as cavas das rodas mais esculpidas e as rodas colocadas à face da carroçaria. Uma linha de cintura dinâmica percorre toda a lateral desde as ópticas frontais até ao portão traseiro.

A traseira segue o modelo tão em voga dos pequenos citadinos, ou seja integralmente em vidro escuro com as ópticas devidamente integradas. E aqui também se vislumbram reminiscências do Renault 5 que apresentava traseira recortada inclinada e farolins verticais. No Twingo o formato das ópticas é mais poligonal. Depois a presença de uma grelha no pára-choques traseiro serve para dissipar o calor proveniente do motor. A carroçaria está disponível numa vasta gama de cores e padrões estilizados de modo a personalizar cada viatura.
Existirá uma versão de tejadilho amovível em lona. O interior parece algo simplório e de design antiquado (não é retro). Tem alguns elementos com acabamento idêntico à carroçaria como fazem outras marcas. Mas se, por exemplo, no Fiat 500 o layout resultou aqui não propriamente. A bagageira, apesar de albergar o motor, tem uma capacidade de 219L. Existem inúmeros espaços de arrumo a bordo, incluindo o sistema modular Flexicase.

Mas a grande novidade do novo Twingo é o uso de tracção traseira e a colocação do motor sob o fundo da bagageira, o que permite um centro de gravidade mais equilibrado e uma condução divertida e dinâmica. Algo que o Smart já pratica desde que lançou o Fortwo. Tanto o chassis como os motores e as transmissões são partilhados entre a Renault e a Smart para reduzir os custos de produção. Uma das vantagens de tracção e motor traseiros é a ausência de túnel de transmissão permitindo mais espaço a bordo.
No capítulo das motorizações apenas estarão disponíveis blocos a gasolina. O motor é o mesmo: tricilíndrico aspirado (70cv) ou sobrealimentado com turbo (90cv) todos associados a uma caixa manual de cinco relações. O sistema de start/stop é opcional. Quanto a segurança o novo Twingo foi projectado para aguentar impactos consideráveis sem afectar a integridade dos ocupantes, um pouco como faz a Smart no Fortwo.

Dispõe de série de sistema de controlo de estabilidade, ABS, sistema de auxílio ao arranque em subida, airbags frontais e laterais, fixações Isofix, limitador de velocidade bem como sensores de verificação da pressão dos pneus. Existirão três níveis de equipamento (dynamique, luxe e sport) e dois sistemas multimédia: o R&GO de série e o R-Link integrado na consola central como opção que permite, entre outras coisas, mediante uma câmara traseira, auxiliar nas manobras de estacionamento.
Modelos a gasolina
SCe (70cv): 14,5s; 151km/h; 4,5L/100km; 105g/km; 11.950€SCe (70cv S/S): 14,5s; 151km/h; 4,2L/100km; 95g/km; 12.950€
Energy TCe (90cv c turbo): 10,8s; 165km/h; 4,3L/100km; 99g/km; 14.450€








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