Citroën C4 II 1.2 e-THP (2014)



A segunda geração do Citroën C4 vem mais recheada e pronta para enfrentar um cada vez mais competitivo mercado do segmento dos compactos familiares. A versão 1.2 e-THP vem com o novo bloco da PSA de três cilindros a gasolina de 1.199cc auxiliado por um turbo capaz de extrair 130cv de potência. Desta forma a Citroën consegue substitui um motor de maior cilindrada (1.4 VTi) e de menor potência (120cv) por outro mais eficaz beneficiando a carga fiscal, as emissões e as prestações. É o chamado três em um. Já o consumo anda longe do anunciado pela marca francesa. As emissões obedecem à nova norma europeia Euro 6.

Esta segunda geração do C4 consegue ombrear com outros modelos premium e tem a vantagem de ser mais acessível. Aliás tanto a Citroën como a Peugeot viram os seus modelos actualizados com uma melhoria significativa na estética e na qualidade. A frente do novo C4 está mais sóbria. A grelha frontal alberga o logo do double chevron que se integra inteligentemente no duplo friso horizontal. As ópticas são recortadas pela linha do capôt e mostram um dente afiado que incluem iluminação diurna em leds.

A grelha inferior com bordo em cromado faz lembrar o Volkswagen Golf. As entradas de ar laterais alojam os faróis de nevoeiro. Na lateral o friso cromado sob o envidraçado pretende elevar o nível de qualidade. A linha de cintura é discreta mas elegante prolongando-se até à extremidade das ópticas traseiras que se mostram mais afiadas e dividas em duas partes por uma linha horizontal. Em cima ficam os stops e luzes de presença enquanto no nível inferior se situam os piscas e marcha-atrás.



A pega do portão traseiro revela-se demasiado baixa junto à matrícula. Aqui a solução adoptada pode não ser a melhor uma vez que em caso de embate traseiro danifica o portão e inviabiliza a sua abertura. Os baixos relevos no pára-choques traseiro dão mais músculo ao C4. Uma tira cromada inferior na base do pára-choques dá um toque de classe. De referir ainda o aileron traseiro que transmite desportividade e permite melhorar a aerodinâmica. Por sua vez a antena merecia um tratamento mais moderno. Em suma o design do novo C4 amadureceu e está mais sóbrio.

O interior mostra-se confortável. Não é um veículo premium mas os acabamentos são bastante competentes e agradáveis ao tacto. Talvez o ecrã de bordo, a consola central e o formato das entradas de ar se mostrem algo desproporcionados. Os manómetros são de design moderno. O volante multifunções tem na parte inferior um remate em cromado e vê-se que houve algum cuidado no seu desenho. Tem muito espaço a bordo capaz de levar cinco ocupantes e inúmeras zonas de arrumação. A mala, de formas regulares, tem uma capacidade de 408L e trás ganchos para evitar que objectos balanceiem na bagageira.

Quanto a equipamento o novo C4 vem bem recheado. A gama intermédia Collection inclui sensores de luminosidade, de chuva e de estacionamento traseiro e jantes de liga leve com 16''. Trás ainda vidros escurecidos atrás, ligação bluetooth, faróis de nevoeiro com activação em curva, cruise control, ar condicionado bi-zona e espelhos retrovisores eléctricos rebatíveis. Em opção existe a pintura metalizada, sistema de navegação, sistema de auxílio a uma condução mais poupada. No que toca ao motor o novo bloco do grupo PSA com três cilindros 1.2L e 130cv mostra-se bastante afoito embora o seu consumo ande um bocado desfasado do anunciado pela Citroën, principalmente em cidade. O ideal é adicionar duas unidades.



Já em auto-estrada o novo C4 sente-se como peixe em água e é capaz e alcançar valores de consumo melhores do que o anunciado. Por isso quem faz um percurso diário maioritariamente em estrada este é um veículo a ter em conta. A condução é agradável e confortável graças a uma caixa manual de seis velocidade bem escalonada e de fácil uso. Quanto a performances, embora tenha melhorado em relação à anterior geração, este não é propriamente um veículo para grandes aventuras.

Essencialmente o C4 privilegia o conforto a bordo em detrimento das performances graças a uma condução suave, auxiliada por uma boa suspensão capaz de absorver os buracos e iregularidades do piso. Também é sabido que os motores tricilíndricos são conhecidos pelo seu característico trabalhar ruidoso, mas neste caso o grupo PSA conseguiu realizar um bom trabalho de insonorização. A visibilidade no interior também é boa facilitando o trabalho do condutor.

Mecânica
Motor: gasolina, dianteiro, 3 cilindros em linha, 1199 cc, 12 válvulas
Tracção: dianteira
Alimentação: injecção directa
Potência: 130 cv às 5500 rpm
Binário: 230 Nm às 1750 rpm
Caixa: manual 6 velocidades

Prestações
Velocidade máxima: 199 km/h
Aceleração 0-100 km/h: 10,8 s

Consumos
Combinado: 4,8 L/100km
Emissões CO2: 110 g/km

Preço
a partir de 22.330€

Prós e contras
+ relação preço / equipamento, comportamento silencioso do motor, conforto, preço
- performances, pega do portão traseiro

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