Mazda 2 III (2015)



A terceira geração do Mazda 2 está prestes a chegar ao mercado em 2015 mas já foi apresentado no salão automóvel de Genebra. E já conquistou um prémio na Alemanha - Volante de Ouro 2014 na categoria de pequenos veículos. O concept Hazumi serviu de base para "transfigurar" o pequeno citadino. Se a primeira geração tinha ar de pequeno monovolume amorfo, a segunda veio alterar o conceito para um simpático pequeno citadino. Agora a terceira versão procura algo mais e aproxima-se da imagem de um hatchback desportivo. Na Europa é conhecido como Mazda 2 enquanto que no Japão assume o nome Demio.

O design sofreu melhorias assinaláveis dando um salto significativo no que toca à personalidade do veículo, ou seja, já não estamos na presença de um mero citadino. A Mazda fez um bom trabalho daí contar já com um prémio mesmo antes de entrar no mercado. Aliás não é só a Mazda, a generalidade das marcas japonesas têm vindo a emancipar-se cada vez mais da imagem estereotipada de fabricantes de "frigoríficos" fiáveis. Quanto a motorizações o Mazda 2 irá contar só com blocos de 1.5L e quatro cilindros tanto para a gasolina como para o diesel.



O novo Mazda 2 herda traços do Mazda 3, nomeadamente a frente onde se vislumbra a grelha e ópticas semelhantes. Os farolins semi-cerrados de ar zangado seguem o enfiamento da moldura inferior cromada da grelha, uma solução estética também vista nos novos modelos da BMW. Aqui a única diferença para o Mazda 3 é a incorporação de um friso horizontal adicional na mesma cor da carroçaria junto ao logotipo. Os faróis de nevoeiro nos cantos do pára-choques, onde existe ainda a possibilidade de integrarem luzes diurnas em leds, dão o toque final na frente.



De perfil o Mazda 2 tem uma silhueta elegante (na imagem foto do concept). As curvas suaves e fluídas dão harmonia ao conjunto. As únicas arestas vivas que sobressaem são o aileron traseiro e o nariz da frente. É um desenho bastante feliz e que nos faz recordar os melhores tempos da Alfa Romeo. Depois há ainda a destacar os vincos escuplidos nas portas que se prolongam até às ópticas frontais e traseiras. Parece a ondulação do mar decalcada no veículo. Os carros japoneses finalmente deixaram de ser caixas quadradas.



As cavas das rodas sobressaem ligeiramente do volume mas de uma forma suave. Talvez o único senão é mesmo o recorte da porta traseira e a tampa do depósito. Ah e não se perdia nada em dissimular o puxador da porta traseira no vidro. Atrás os ombros mais elevados dão músculo e presença ao Mazda 2. As ópticas traseiras seguem esta linha vincada e replicam o conceito da frente com olhos semi-cerrados. Diga-se que o desenho da traseira e as suas proporções também constituem um exemplo de bom design. Aqui também há um pequeno handicap: a solução de colocar o limpa pára-brisas traseiro na carroçaria já caiu em desuso.



Há bastantes modelos citadinos que ou têm um bom desenho à frente, ou de lado, ou atrás, agora de qualquer ângulo são poucos os que o conseguem fazer e este Mazda 2 atingiu esse objectivo, o que não é fácil alcançar num citadino. O interior (aqui imagens de uma versão de volante à direita) também é pautado pelo bom gosto onde existe pouco "ruído", ou seja os botões foram reduzidos ao mínimo. Três círculos de moldura cromada na consola central, um ecrã multimedia no tabelier (com controlo rotativo junto ao travão de mão), ventiladores também circulares alinhados pela linha horizontal que separa materiais diferentes e o painel de bordo. E basta! Não é preciso mais nada. Parabéns à Mazda. O conceito less is more é aqui bem exemplificado.



Mas há mais. Repare-se no desenho do painel de bordo do condutor. O manómetro conta-rotações ao centro serve para denotar o espírito desportivo. Não se percebe porque há marcas a retirar a ferramenta conta-rotações... Depois a informação secundária como número de kilómetros, temperatura, combustível, etc é tudo colocado nos lados com letring digital na cor branca sobre um fundo negro. Existe ainda um sistema de head-up display que mostra a velocidade do veículo na cor azul. A Mazda conseguiu casar de forma simples as cores preto, azul e branco. O único vermelho visível é quando o motor se aproxima das rotações máximas. A posição dos bancos também é boa e ergonómica.



Como se referiu atrás as motorizações serão todas de 1.5L e com turbo mas com várias potências. No caso do diesel existirá o Skyactiv-D de 105cv e 220Nm de binário ligado a uma caixa automática de 6 relações com um consumo de 3,4L/100km. A marca nipónica procura esticar um pouco a corda ao oferecer mais potência ao condutor e aproximar-se dos rivais. No caso da gasolina existirá o Skyactiv-G de 75 cavalos e 125 Nm de binário via uma caixa manual de 5 velocidades com consumo de 4,7L\100 km; o Skyactiv-G de 90 cavalos e 148 Nm de binário acoplado a uma caixa manual de 5 velocidades ou automática de 6 velocidades com consumo de 4,5L/100km; e ainda uma versão com sistema de recuperação de energia i-ELOOP que debita 115 cavalos e 148 Nm de binário via uma caixa manual de 6 velocidades.

Se apenas existirá uma cilindrada para os motores também só existirá um tipo de carroçaria com 5 portas. O peso total será inferior a uma tonelada o que permite reduzir os consumos. A suspensão traseira é feita mediante um eixo de torção não multi-link como no Mazda 3. No que toca a tecnologias por agora apenas se sabe que o Mazda 2 contará de série com sistema automático start/top.

Modelos a gasolina
1.5 Skyactiv-G (75cv): 12,1s; 171km/h; 4,7L/100km; 110g/km; 13.430€;
1.5 Skyactiv-G (90cv): 9,4s; 183km/h; 4,6L/100km; 105g/km; 16.225€;
1.5 Skyactiv-G (115cv): 8,7s; 200km/h; 4,9L/100km; 115g/km; 18.225€;

Modelos a diesel
1.5 Skyactiv-D (105cv): 10,1s; 178km/h; 3,4L/100km; 89g/km

1 comentário:

Anónimo

bom trabalho da Mazda

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