A terceira geração do Hyundai i30 mostra uma evolução clara na qualidade perceptível exterior. Tanto Hyundai como Kia são duas das marcas automóveis mundiais que mais têm evoluído na qualidade e na estética. Longe vão os tempos de caixas feias e amorfas. O novo i30 mostra as garras com um design mais arrojado e desportivo. Conforto e equipamento são outros trunfos do novo compacto familiar coreano.
O novo i30 está mais ao gosto dos europeus até pelas inspirações que invoca. Desde logo a começar pela grelha frontal trapezoidal que faz lembrar a imagem dos novos Audi. As ópticas delgadas e alongadas trazem à memória modelos da Jaguar. Tudo marcas desportivas europeias. Mas não se pense que são meros adornos estéticos até porque o i30 tem personalidade e presença.
A concorrência no segmento dos familiares compactos é grande, mas o i30 parece reunir uma série de argumentos que o tornam apetecível e pronto a "roubar" quota de mercado aos tradicionais preferidos pelos portugueses. O design arrojado e a carroçaria escultórica mostram que a Hyundai pretende cativar clientes mais jovens.
A grelha frontal em forma trapezoidal de moldura cromada a rasgar o pára-choque na vertical pretende dar mais presença. O modo como a grelha sobressai da carroçaria transmite a sensação de tridimensionalidade. A colocação do logo na grelha é outro déjavu de carros desportivos europeus. A mesma grelha pode apresentar decoração em tiras cromadas dando um efeito de textura, mas isto apenas nas gamas mais equipadas.
Ainda na frente é visível um difusor inferior em plástico negro complementado por um aileron que se funde com o pára-choques rematando na base inferior das ópticas, e criando uma entrada de ar adicional nas laterais onde se encontram luzes diurnas verticais, como se tratassem dos dentes de um felino. As luminárias alongadas e semi-cerradas transmitem a ideia do olhar desconfiado do felino. No seu interior encontram-se luzes de halogéneo ou, em opção, integralmente em Leds.
Na lateral o recorte vertical das cavas das rodas, ligeiramente sobressaído da carroçaria, funde-se com a embaladeira. A imagem aqui é de mais músculo com as portas mais recuadas em relação ao volume. Uma linha de cintura dinâmica percorre as portas e termina nas ópticas traseiras. Os puxadores e a moldura do envidraçado em cromado dá mais requinte. E a antena em forma de barbatana de tubarão na mesma cor da carroçaria bem como o aileron traseiro acima do óculo dão desportividade ao i30. As jantes são de série em liga leve de 16'' ou 17''.
Na traseira o pára-choques mostra-se mais trabalhado com vários recortes e vincos. No entanto o efeito conseguido não é consensual. As ópticas traseiras mostram-se também alongadas e afiadas. Num plano intermédio foram colocados reflectores. O puxador do portão traseiro encontra-se num plano mais abaixo do logotipo para não criar muito ruído estético. Uma opção mais eficaz do que faz o outro rival coreano, a Kia.
O interior, como já se escreveu atrás, exibe materiais de boa qualidade aparente. O layout do tabelier está mais consensual, discreto e sóbrio ao gosto europeu. É visível uma maior simplificação na colocação de botões eliminando excesso de "ruído". O formato estético do tabelier na horizontal pretende transmitir maior sensação de espaço. O i30 tem capacidade para cinco ocupantes e a bagageira exibe uma capacidade de 395L. O volante com um braço cromado também é inspirado em modelos europeus.
Ao nível de equipamento destaque para o carregador de telemóveis wireless e o novo sistema de infoteinment, com ecrã táctil na consola central, que é mais rápido que o anterior e pode integrar imagens de câmara de estacionamento. Inclui Android Auto e Apple Car Play. Em opção existe o software Map Care (para navegação geográfica) e o Live Service capaz de informar o condutor das revisões e necessidades da viatura.
No capítulo da segurança o i30 trás de série vários sistemas como aviso de manutenção na faixa de rodagem, aviso de fadiga do condutor, travagem automática em caso de colisão eminente, aviso de limite de velocidade, accionamento de máximos automático. Em opção existe o sistema de detacção de ângulo morto e ainda cruise control adaptativo.
A direcção do i30 é assistida electronicamente, permitindo maior eficácia e rapidez nos movimentos. E se juntarmos a isto uma suspensão aprimorada temos uma condução confortável. Em termos de propulsores há duas opções a gasolina e três a diesel. Em comum o facto de todos os blocos disporem de turbo. É certo que os motores com turbo gastam menos mas isso não justifica a eliminação da opção de escolher um bloco atmosférico. O motor 1.0L é o único com 3 cilindros. A caixa é manual de seis velocidades ou em opção automática com sete velocidades, isto no caso dos motores mais potentes.
Modelos a gasolina
1.0 T-GDi (120cv) 3 cilindros c/ turbo: 11,1s; 190km/h; 4,5L/100km; 103g/km; 22.367€;1.4 T-GDi (140cv) 4 cilindros c/ turbo: 8,9s; 205km/h; 4,8L/100km; 109g/km; 24.667€;
Modelos a diesel
1.6 CRDi (95cv): 12,2s; 186km/h; 3,6L/100km; 95g/km; 25.867€;1.6 CRDi (110cv): 11,1s; 188km/h; 3,4L/100km; 89g/km; 26.367€;
1.6 CRDi (136cv): 10,2s; 200km/h; 3,8L/100km; 99g/km; 29.467€;
Prós e contras
+ design arrojado, preço
- ausência de propulsor totalmente atmosférico, colocação do ecrã táctil na consola central
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